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Política

Em início de legislatura, bancada federal gasta R$ 6,2 milhões em cotas e verbas

Recursos de deputados federais e senadores são garantidos em lei para custos de seus mandatos

Gabriela Couto | 12/07/2023 15:35
De cima para baixo, da esquerda para a direita: deputados Vander Loubet (PT), Beto Pereira (PSDB), Rodolfo Nogueira (PL), Marcos Pollon (PL), Geraldo Resende (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Dagoberto Nogueira (PSDB) e Camila Jara (PT); além dos senadores Nelsinho Trad (PSD), Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP). (Foto: Reprodução)
De cima para baixo, da esquerda para a direita: deputados Vander Loubet (PT), Beto Pereira (PSDB), Rodolfo Nogueira (PL), Marcos Pollon (PL), Geraldo Resende (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Dagoberto Nogueira (PSDB) e Camila Jara (PT); além dos senadores Nelsinho Trad (PSD), Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP). (Foto: Reprodução)

Desde o começo de 2023 até esta quarta-feira (12), a bancada federal de Mato Grosso do Sul gastou R$ 6.212.241,07. O valor equivale à soma das cotas que cada um dos congressistas tem direito a gastar e suas verbas de gabinete.

Além disso, deputados federais e senadores recebem o salário bruto de R$ 41.650,92. Todos os dados foram retirados da transparência e prestação de contas dos portais do Senado e Câmara dos Deputados.

O Congresso Nacional finaliza as atividades do primeiro semestre nesta quinta-feira (13), por conta do recesso das casas legislativas. Deputados federais e uma senadora assumiram suas cadeiras em fevereiro deste ano. Isso significa que cada parlamentar gastou R$ 38.585,34 dos cofres públicos por dia para exercer o mandato.

O campeão de gastos é o senador Nelsinho Trad (PSD), que já desembolsou R$ 335.690,49 para exercer a função representando Mato Grosso do Sul. O valor é divido em R$ 222.050,48 da cota que tem direito, além de R$ 113.640,01 gastos que não estavam inclusos na cota e que foram reembolsados.

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O que saiu mais caro neste período foi o pagamento de serviços para divulgar a atividade no Senado, o equivalente a R$ 146.425,00 nestes primeiros meses do ano.

Somando todos os gastos dos três senadores, foram desembolsados R$ 535.277,24. As duas senadoras foram mais econômicas até o momento. Soraya Thronicke (Podemos) usou R$ 85.560,96 da cota parlamentar e recebeu R$ 19.333,61 para custear as ações do gabinete, o que totalizou R$ 104.894,57.

Já Tereza Cristina (PP) precisou de R$ 77.102,29 para exercer o mandato em 2023, sendo preciso de mais R$ 17.589,89 para custos extras, totalizando R$ 94.692,18 até o momento. O valor mais alto investido pela senadora foi de R$ 50.337,97 para o serviço de apoio parlamentar.

Câmara dos deputados – Nestes 161 dias de legislatura, os oito deputados federais do Estado gastaram R$ 5.676.963,87, sendo R$ 1.917.331,59 da cota parlamentar e R$ 4.296.909,32 para o gabinete.

A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar custeia as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular. Algumas são reembolsadas, como contas com os Correios, e outras são pagas por débito automático, como a compra de passagens. Nos casos de reembolso, os deputados têm três meses para apresentar os recibos.

Cada deputado também tem o direito de usar R$ 118.376,13 por mês como verba de gabinete para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.408,11 a R$ 16.640,22.

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O campeão de gastos é o líder da bancada federal, deputado Vander Loubet (PT), que já usou R$ 813.920,01 para desempenhar a função. Só da cota, ele recebeu R$ 231.457,29, além dos R$ 582.462,72 utilizados para manter o gabinete. Ele só deixou de usar 1,09% do valor total que tem direito no mês. A situação foi semelhante nos meses anteriores.

O segundo no ranking dos maiores gastadores é Beto Pereira (PSDB), que utilizou R$ 801.608,39 para o mandato. O valor é divido em R$ 228.365,28 de cotas e R$ 573.243,11 para verba de gabinete.

Em terceiro lugar, Camila Jara (PT) teve custos parecidos com o tucano. Ela já usou R$ 801.324,51, sendo R$ 251.519,47 como cota e R$ 549.805,04 da verba de gabinete. Além disso, Jara teve o direito de receber R$ 19.744,70 em diárias por viagens oficiais que realizou neste ano.

Apesar de o deputado federadal Dagoberto Nogueira (PSDB) estar em quarto lugar no ranking, foi o parlamentar que mais gastou com verba de gabinete até o momento. (Foto: Ilustração)
Apesar de o deputado federadal Dagoberto Nogueira (PSDB) estar em quarto lugar no ranking, foi o parlamentar que mais gastou com verba de gabinete até o momento. (Foto: Ilustração)

No quarto lugar, Dagoberto Nogueira (PSDB) utilizou R$ 751.853,82 até o momento, sendo R$ 162.796,76 da cota, com maior gasto de R$ 61.500,00 para divulgação da atividade parlamentar. De verba de gabinete, o tucano já desembolsou R$ 589.057,06, equivalente a 99,52% do total que tem direito.

Pela lista, os quatro que foram mais econômicos no mandato estão Geraldo Resende, que já utilizou R$ 729.996,69, seguido por Dr. Luiz Ovando (PP), que desembolsou R$ 706.700,36, e os bolsonaristas Marcos Pollon (PL), que utilizou R$ 630.016,78 do que tem direito, e Rodolfo Nogueira (PL), que gastou R$ 441.543,31.

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