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Política

Em nota, Dilma critica "vazamentos apócrifos, seletivos e ilegais" em matéria

Paulo Victor Chagas, da Agência Brasil | 03/03/2016 19:45

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (3), em comunicado, repudiar o vazamento de uma suposta delação premiada do senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral (PT), divulgada nesta quinta-feira (3) pela revista IstoÉ.

Por meio de uma nota à imprensa, assinada pessoalmente pela presidente, Dilma Rousseff considerou ser “justo” que o teor seja de conhecimento da sociedade se a delação existir e tiver autorização da Justiça.

“Os vazamentos apócrifos, seletivos e ilegais devem ser repudiados e ter sua origem rigorosamente apurada, já que ferem a lei, a justiça e a verdade”, escreveu a presidenta.

Segundo a revista IstoÉ, o senador fez acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, que inevstiga esquema de corrupção na Petrobras.

Nos depoimentos, Delcídio teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Dilma inicia o comunicado dizendo que todas as ações de seu governo têm se pautado pelo respeito aos “direitos individuais”, o “combate à corrupção” e compromisso com “o fortalecimento das instituições de Estado”. Segundo ela, o governo federal cumpre “rigorosamente” o que estipula a Constituição Federal.

"Se há delação premiada homologada e devidamente autorizada, é justo e legítimo que seu teor seja do conhecimento da sociedade. No entanto, repito, é necessária a autorização do Poder Judiciário. Repudiamos, em nome do Estado Democrático de Direito, o uso abusivo de vazamentos como arma política. Esses expedientes não contribuem para a estabilidade do País", defendeu.

Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, havia dito que a presidente Dilma Rousseff tinha recebido com indignação a notícia da suposta delação e vazamento de informações.

“Ela está preocupada, porque eu acho que é uma coisa totalmente fora de qualquer padrão, uma delação que eu não sei se foi, pelo que sei não foi homologada, que envolve ministros e principalmente a figura da presidenta da República”, disse Jaques Wagner a jornalistas, após evento no Palácio do Planalto.

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