Fechado com Bolsonaro, Riedel faz estreia e aposta em ser gestor com resultados
Pré-candidato estava no 1º escalão desde 2015, roda MS de sol a sol e é casado há 27 anos
Pré-candidato do PSDB ao governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, 52 anos, estreia na corrida eleitoral “fechado com Bolsonaro”, apresenta a experiência dos últimos sete anos no primeiro escalão do governo do Estado como vitrine e defende que o eleitor busca um perfil de gestor, sem populismo ou coronelismo.
“Nossa aproximação com a Tereza Cristina [ex-ministra da Agricultura], que vem do governo Bolsonaro, naturalmente, dentro da polarização que existe hoje, nos leva para esse caminho. A chamada terceira via não apresentou projeto para o Brasil. Estamos bem alinhados com o presidente Bolsonaro”, afirma o pré-candidato,
Na eleição presidencial, o PSDB surge com o nome de João Dória, mas ele avalia que o projeto carece de definições. Riedel votou em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018 e será novamente eleitor do presidente, que é pré-candidato à reeleição.
O pré-candidato percorre os 79 municípios do Estado para preparar o plano de governo. Na pré-campanha de sol a sol, viu o tempo de sono cair das rotineiras seis horas para quatro horas, e as andanças crescerem.
“Quando você chega a uma cidade é muito importante essa atitude de conversar com muita gente, porque você percebe o município. Entende as dinâmicas, as angústias que essas pessoas têm, suas expectativas. Tudo isso vai traduzindo sentimentos que podem se tornar ações concretas para um plano de governo.”
Gestor – Ex-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel chegou ao primeiro escalão do governo em 2015. Em sete anos, comandou as secretarias de Governo e de Infraestrutura. Ele também presidiu o Prosseguir, programa que ordenou as atividades econômicas na pandemia de coronavírus. Agora, na primeira eleição, busca o mais alto cargo político do Estado.
Riedel afirma ser capaz de atender os anseios do eleitorado por ter o perfil de gestor que entrega resultado.
Não tem mais aquela história de coronel ou populismo, essas demagogias que muitas vezes se colocam no momento da eleição. As pessoas quando votam estão contratando alguém para conduzir o destino do cargo. É cada vez mais evidente que a sociedade queira alguém que dê resultado.”
Vitrine - Pré-candidato do partido que há oito anos governa Mato Grosso do Sul, ele cita resultados da atual gestão como vitrine.
“A educação é uma área prioritária e existem várias ações. Metade dos alunos do Estado tem educação em tempo integral. Essa modalidade parece uma coisa simples, mas é um desafio enorme deixar o aluno três quartos do dia na escola. Requer investimento em profissional, grade curricular e infraestrutura”.
E prossegue sobre o tema: “Das 347 escolas, já reformamos mais de 250 integralmente para absorver essa transformação do ensino. A tecnologia também é prioridade. Muitas vezes, a sociedade já está digital em vários aspectos e o governo está no analógico”, afirma.
Na história recente, os últimos governadores não conseguiram fazer o sucessor em MS, sem o fenômeno político de transferência de voto. “O governo do qual participei ter feito gestão importante e boa é indicativo da capacidade de conduzir as políticas públicas”, diz, confiante.
Finanças – “Mato Grosso do Sul está fazendo ações porque tem dinheiro. E tem dinheiro porque fez o dever de casa. Não ficou na retórica, na solução fácil, fez uma gestão séria, comprometida com resultado. Não é varinha mágica, é gestão. E por isso tem dinheiro para aplicar.”
Conforme Riedel, Mato Grosso do Sul é o Estado que mais cresceu nos últimos três anos no Brasil. Nas políticas públicas, o tucano cita os projetos que “estendem a mão”, como o Mais Social, que atenderá até 100 mil famílias e a iniciativa que paga a conta de energia elétrica de 152 mil famílias.
O pré-candidato do PSDB é casado há 27 anos, tem dois filhos e é católico. Na corrida eleitoral, diz que carrega fé, mas a política se centra nas propostas. “Tenho meus momentos de oração, que são diários. Mas o debate tem que existir em torno das propostas. A fé a gente carrega e a religião a gente respeita a de cada um”. Nas horas de lazer, gosta de ler e ficar com a família.
O sobrenome Riedel tem origem alemã e as eventuais derrapadas na pronúncia passam longe de incomodar o pré-candidato. “Me chamam de Rider, Réder, Reidi e tudo bem. É Eduardo Corrêa Riedel, quer me chamar de Corrêa, Riedel, Eduardo, Dudu. As pessoas vão me conhecer no processo eleitoral.”
O tucano ainda procura pelo pré-candidato a vice, com principal exigência que não seja figura decorativa.