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Política

Funcionários da JBS fazem protestos em pelo menos 5 cidades do interior

Ricardo Campos Jr. | 19/10/2017 12:13
Protesto de trabalhadores da JBS no interior do estado (Foto: divulgação)
Protesto de trabalhadores da JBS no interior do estado (Foto: divulgação)

Contrários ao bloqueio de bens da JBS, funcionários da empresa fazem protestos também no interior do estado nesta quinta-feira (19). Em pelo menos cinco cidades de Mato Grosso do Sul os trabalhadores se reuniram em frente às respectivas prefeituras.

Há manifestações em Nova Andradina, Naviraí, Ponta Porã, Anastácio e Cassilândia, segundo a Federação Estadual dos Trabalhadores da Alimentação no Estado. Os números de participantes não foram divulgados.

Em todos os casos a categoria cobra um posicionamento do poder público com relação à decisão da companhia em paralisar as atividades depois que a Justiça decretou sequestrou R$ 730 milhões da rede de frigoríficos.

Os diretores da empresa garantem o depósito do salário no mês que vem, mas a partir daí a situação é incerta.

A decisão em bloquear bens foi tomada pelo Judiciário em ação aberta pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga os negócios do grupo J&F, dono da rede de frigoríficos. A resposta dos investigados colocou a classe trabalhadora contra o poder público.

Capital – Em Campo Grande o protesto foi realizado durante a sessão na Assembleia Legislativa, tendo reunido cerca de duas mil pessoas, segundo as lideranças. Eles deixaram as duas unidades do JBS na cidade em comboio de 50 ônibus.

“Nós não sabemos o que vai acontecer. Queremos que os deputados tomem alguma medida. Foram eles que entraram com as ações”, diz Wilson Gimenez, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne e Derivados de Campo Grande.

O futuro é incerto também para as unidades da JBS que trabalham com outros tipos de abate, como a de Sidrolândia, especializada em cortes de frango. O local por enquanto continua funcionando, mas os dirigentes já alertaram os trabalhadores que se a situação não se reverter, a fábrica também pode suspender as atividades nos próximos 40 ou 50 dias.

“Queremos informações, saber como está essa negociação, se os deputados conseguiram falar com a JBS. Queremos rapidez”, diz Sérgio Dolzan, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carne e Derivados de Sidrolândia).

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