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Política

Giroto confia na experiência como secretário para tocar projetos

Nicholas Vasconcelos | 25/08/2012 07:04
 Giroto confia na experiência como secretário para tocar projetos
Edson Giroto, candidato do PMDB à Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Elverson Cardozo)
Edson Giroto, candidato do PMDB à Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Elverson Cardozo)

Secretário de Obras de Campo Grande por 10 anos, engenheiro responsável por obras como os corredores exclusivos para ônibus, o candidato do governador André Puccinelli e do prefeito Nelson Trad Filho, Edison Giroto (PMDB), aposta na experiência no Executivo Municipal como um de seus trunfos.

Líder nas úlimas pesquisas de intenção de votos, o deputado federal é objetivo nas respostas que deu sobre seus planos para Campo Grande.

A entrevista faz parte da segunda série de conversas com os candidatos a prefeito feita pelo Campo Grande News nesta campanha. Dessa vez, as perguntas vieram de entidades representativas da sociedade.

Atrair indústrias, melhorar as estações de transbordo e o trânsito dos ônibus,discutir o atendimento nos postos de saúde e ampliar as escolas de tempo integral são propostas do candidato do PMDB, detalhadas a seguir.

Veja as perguntas e respostas

Andréia Castanheira, diretora do Sest/Senat:

Quais são as propostas de melhorias para o desenvolvimento do serviço de segurança no trânsito de Campo Grande?

Edson Giroto: "Veja só o que acontece, e ai nos temos que ter um pensamento com bastante responsabilidade, nós criamos oportunidades para que Campo Grande crescesse, as pessoas começaram a investir, é uma cidade que gera oportunidade a cada dia, nos tamos tendo investimentos grandiosos tanto na área da industria como na área de entretenimento como na área comercial e na área de habitação.

Nós criamos condições através do credito facilitado, que o Brasil, a presidenta Dilma, e o presidente Lula deu essa oportunidade para os brasileiros, nos dobramos a nossa frota em 5 anos. A nossa frota de veículos era de 220 mil veículos hoje nós somos 450 mil veículos, dos 450 mil veículos, 150 mil são motos. E aí estabeleceu um conflito urbano. A cidade não acompanhou o crescimento.

Nós temos que investir num trabalho muito grande nas escolas, como uma educação no transito lá embaixo na escola, para que a gente comece a ter esse conceito formado, fazer um processo de recuperação das vias urbanas, através de melhorias de recapeamento. Melhorar muito a sinalização e fazer um trabalho conscientização, para que esse conflito diminua, diminua esse conflito.

Com certeza nós vamos baixar e muito o numero de acidentes. Por isso que é importante nós estabelecermos alguns radares, para que a gente de fato iniba a velocidade."

Leonardo Duarte, presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) em MS.

O que o candidato se eleito vai fazer para melhorar o sistema de transporte público urbano de Campo Grande?

Edson Giroto "Quando eu disse que a cidade cresceu, e aumento o número de motos, aumentou a condição das pessoas adquirirem veículos, não é? Nós perdemos publico no transporte urbano, o cliente do transporte publico ele diminuiu. O que nós temos que fazer? Nós temos que voltar a incentivar para que as pessoas voltem a usar o transporte publico. Com isso,eu que trabalhei em Brasília no Ministério das Cidades junto com o prefeito Nelsinho e o governador para que nós pudéssemos trazer pra cá aquele PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade.

Para criar os corredores exclusivos do transporte público, não o VLT, mas sim o BRT. O que é BRT? É Bus, ônibus, Rápido, Transporte, transporte rápido através de rodas, de ônibus. E aí nos melhorarmos as estações de transbordo. As estações tem de ser fechadas e climatizadas e informatizadas, para que as pessoas saibam que a horas os ônibus chegam.

Fazer com que os terminais tenham estacionamento, pra aqui ali ele possa acolher as motos e as bicicletas, com segurança, onde a prefeitura vai dar essa garantia, de poder garantir o estacionamento, ele pegar o ônibus e ele ter a certeza que em 5 minutos ou em 10 minutos ele se desloca de uma região da cidade para o centro.

Como nós temos o transporte público integrado, ele pode descer no centro, fazer ali a sua, seu compromisso, uma hora depois ele volta pro terminal, porque o terminal ele vai ter o horário que o ônibus vai voltar, ele monta no ônibus e volta no local de origem, com uma única passagem que é R$ 2,85.

Com o corredores exclusivos, ai sim nós podemos começar pensar em rever a planilha de custo, e aí uma planilha de custo que eu sei fazer, porque eu sou engenheiro pra poder ai sim dirimir sobre a tarifa. Ou baixar alguns centavos ou permanecer ai pra que a gente volte a ter a garantia do cliente, do transporte publico.

Omar Aukar, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande:

O que será feito para reduzir a carga tributária e aumentar a geração de emprego e renda na Capital?:

Edson Giroto:"Olha, carga tributária é um problema federal. Carga tributária, eu estou convencido, que o governo federal, o executivo, a presidenta Dilma, ela tem que ela enviar um projeto de lei que de fato estabeleça essa reforma tributaria. Nós do Congresso Nacional, eu falo isso porque eu sou deputado federal, nós não conseguimos ter um projeto pra ser aprovado na Câmara por conta da pressão que os governos fazem, porque todos governos dos estados se sentem inseguros.

É o caso de Mato Grosso do Sul, nós somos um estado meditarraneo, e se nós não tivermos um equilíbrio fiscal, nós perdemos investimento da iniciativa privada para fomentar a industria, nós vamos perder emprego porque nós temos uma logística mais complicada.

Veja agora o que o governo de São Paulo fez o governo de São Paulo, do PSDB, entra na justiça para poder rever os impostos subsidiados de Mato Grosso do Sul para que a gente possa trazer indústrias. Se isso acontecer, nós começamos a fechar indústrias, perder empregos. E a cidade volta a ter problemas sérios com emprego."

Geraldo Alves Gonçalves, presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública:

Qual o compromisso que os candidatos têm com a educação pública de Campo Grande em aplicar a lei federal nº. 11.738/08, no que se refere ao piso salarial para uma jornada de 20 horas e 1/3 da carga horária para planejamento?

Edson Giroto: "Nós temos que ver isso com muito equilíbrio e muito cuidado esse piso nacional, essa discussão está sendo feita no congresso nacional. Nós temos que dirimir essa questão porque na verdade, seria muito importante que eles ficassem só 20 horas dentro da sala de aula e ficariam 1/3 para planejar. Mas como é que vai ser essa relação? Será que os estados e os municípios nós temos dinheiro para custear toda essa mudança?

Claro que isso é importante ,eu que tenho no meu plano de metas construir mais 5 escolas de tempo integral, construir projeto que é o coração de mãe, pra integrar as escolas municipais para abrigar as crianças de 7 a 14, eu então eu tenho como prioridade a educação.

Mas nesse caso, é o caso nos temos que ver o seguinte: vai passar o projeto de lei onde o governo federal destina 10% do PIB para a educação? Se passar, ta resolvido. Ai o governo federal ele vai subsidiar, ele vai financiar, ele vai dar dinheiro para que nós possamos fazer uma educação de qualidade. Caso contrario, nós temos que ver no que isso incide no orçamento municipal.

Então isso é um processo que tem de ser discutido para que a gente não tenha um retrocesso na educação de Campo Grande."

Jary Castro, presidente do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul)

Campo Grande tem registrado nos últimos anos entraves que impactam diretamente em seu desenvolvimento. O alto índice de crescimento urbano, aliado à construção de novos parques residenciais, pavimentação asfáltica e o aumento da frota de veículos, por exemplo, têm provocando obstáculos no desenvolvimento.

São questões que demandam além de atenção, muito planejamento e investimentos públicos.

Quais serão as políticas adotadas pelo futuro prefeito em questões como melhoria do transporte coletivo, trânsito, coleta de resíduos sólidos, acessibilidade para pessoas com deficiência, alagamentos em períodos chuvosos, todas essas, questões que envolvem diretamente as Engenharias?

Outro fato que deve ser considerado e que gera grandes questionamentos são os frequentes buracos surgidos em pavimentações asfálticas recém finalizadas.

Como serão resolvidos todos esses problemas que afetam diretamente o desenvolvimento urbano e a qualidade de vida dos campo-grandenses?

Edson Giroto":Eu fui preparado para planejar e nos 10 anos que eu fiquei na Prefeitura de Campo Grande eu planejei as vias urbanas, eu planejei o crescimento. Na verdade, os buracos que se abrem é pavimento velho, pavimento que está com fadiga nós temos que fazer o que? Um grande projeto de recuperação de pavimento.

Alagamentos, alagamentos é uma palavra muito objetiva. Você não tem alagamento, nós temos pontos que transbordam. Isso daí é uma cidade que cresce, que você vai impermeabilizando as vias urbanas, ai já respondi o processo de pavimentação, ai você tem que fazer obras como está fazendo no Córrego Sóter.

Eu não tenho preocupação com isso, se você pegar transporte público é aquilo que te falei o que eu falei anteriormente. Se você tem os pontos de congestionamento é fácil: é só resolver com viaduto, mas não pode só somente ser uma ponte de concreto. Você tem que dar pra essa ponte de concreto uma arte, algum tipo de arte para que diminui o impacto visual e ela passe a ser não o impacto negativo, mas um impacto positivo e se torne um monumento.

Esse é o projeto que eu estou fazendo, que o prefeito Nelsinho me deu a responsabilidade, engenheiro que sou, que é aqui o viaduto da Coca-Cola, que será um viaduto estaiado. Outros pontos de conflito, como você tem a Mato Grosso com a Via parque, ali é só fazer um mergulhão. Então esse procedimento como engenheiro, eu sei resolver.

Isso vai ser discutido com o Crea, com os engenheiros, com os arquitetos para que nos possamos pensar juntos e fazer um plano diretor de macro drenagem, de transporte publico, de transporte e transito para que gente tenha revisões semestrais e toda sociedade discuta os problemas a serem resolvidas na capital."

Para Giroto, Campo Grande é a terra das oportunidades. (Foto: Elverson Cardozo)
Para Giroto, Campo Grande é a terra das oportunidades. (Foto: Elverson Cardozo)

Pergunta do Dr. Marco Antônio Leite, presidente do Sindicato dos Médicos

Qual a proposta que o candidato apresenta para resolver problemas como: a falta de médicos na rede publica do município; a demora de se conseguir marcação de consultas e de exames na rede básica de saúde municipal; a falta de um planto de cargos e carreiros e salários no setor e a reivindicação do pagamento do adicional de insalubridade aos servidores da saúde?

Edson Giroto: "Ele é médico e sabe que a população inteira ta reclamando do atendimento no posto de saúde, ta reclamando da falta de medico, ta reclamando que medico ta la pra trabalhar 4 horas e fazer 16 consultas e só faz 4, ele vai ter que estar ao meu lado para que ele me de a solução para que nos possamos resolver juntos.

Na saúde eu vou ser intransigente para poder fiscalizar e resolver. Medico, se precisar, vamos contratar. Agora todos aqueles que querem me ajudar a resolver a saúde, estejam do meu lado, porque eu não vou ser complacente com medico que não quer trabalhar.

Plano de cargos e carreira não tem problema, vamos discutir. Já foi encaminhado ta sendo discutido pela prefeitura, acredito que esse ano o prefeito encaminhe para camara. Para que a gente tenha de fato uma justiça, faça uma justiça, com as carreiras da prefeitura, as carreiras dos servidores do município de Campo Grande.

Acho que tem que discutir primeiro o atendimento. Eu discuto tudo, mas eu quero resolver o atendimento. Eles vão ter que me ajudar a resolver essa reclamação do atendimento desde o principio, ali na recepção, como também lá nos médicos. Tem reclamação de tudo quanto é jeito na saúde, se todos reclamam é porque tem que ter uma solução. Essa solução eu acredito que os médicos tem que dar, porque eu não sou medico, pra que a gente possa dirimir e resolver esse problema."

Pergunta do Ricardo Senna, vice-presidente do Corecon (Conselho Regional de Economia).

Os negócios que têm criado valor e gerado riqueza nos últimos anos estão relacionados aos serviços, à cultura, ao meio ambiente, à inovação e ao uso intenso da tecnologia.

Em razão disso, precisamos de uma nova forma de ver a educação, a qualificação para o trabalho, a saúde da população, dentre outros. Se essa tendência continuar nos próximos anos ficaremos atrasados econômica e socialmente.

Como o (a) senhor (a) trata do desenvolvimento de Campo Grande em seu plano de governo?

Edson Giroto:"Eu primeiro discordo que vamos ficar atrasado. Na semana que passou nos fomos ai avaliados pelo ministério do trabalho como o estado e a capital que mais empregou com carteiras assinadas no Brasil, percentualmente. Se nos criamos essa oportunidade de ser a capital quer mais emprega, é porque nos demos infraestrutura necessária para que ela se desenvolvesse.

Eu vou continuar da mesma forma, nos criando a infraestrutura necessária para que ela se desenvolva, fazendo que com a parceria com o estado a gente possa ser um pólo atrativo de desenvolvimento através dos incentivos fiscais, vou criar aqui e vou fomentar, criar e implantar um pólo de alta tecnologia pra que a gente atraia industrias tecnológicas , vou continuar fazendo as mudanças necessárias para que nos tenhamos vias urbanas seguras para que de a qualidade de vida da população e isso daí vai fazer com que a cidade cresça.

O Nelsinho ta terminando um projeto que eu que construi, que é o terminal intermodal de cargas, para que possamos integrar aqui os modais de ferrovia, rodovia e o projeto do aeroporto, aerovia pra ser o aeroporto internacional de cargos. Isso vamos ter a oportundiade de sair de um estado meditarraneo, cargas aqui despachadas para o mundo inteiro e vice e versa.

Temos que criar oportunidades. O Centro-Oeste é a terra das oportunidades e MS e Campo Grande é a cidade mais atrativa. Por que? Nós não temos favelas, nós não temos ocupações desordenadas, nós vamos ser a primeira capital brasileira com 100% do esgoto tratado e coletado em sete anos e vai melhorar muito o IDH. E o mundo, investidor, enxerga e avalia que quem tem um IDH alto ele tem qualidade de vida. E é essas questões, esse tipo de principio que vamos trabalhar para que a cada dia a gente fica mais atrativo, a cidade cresça mas que nós não percamos a qualidade de vida da cidade em que vivemos."

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