Governador diz que peixes morreram em quarentena sem planejamento
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirma que a antecipação da quarentena foi um dos fatores que levou à morte dos peixes que iriam povoar o Aquário do Pantanal. Após perda de 83% dos animais e relatório de especialistas no tema, o governo do Estado publicou hoje o encerramento do projeto pesquisa científica “Biodiversidade para todos: da água à popularização da ciência e proteção da vida por meio do Aquário do Pantanal”.
“Tive acesso ao relatório e a morte dos peixes foi em função de série de fatores, anteciparam uma quarentena sem planejamento. Nós montamos a comissão justamente para apurar irregularidades e encontrar os responsáveis por elas”, salienta o governador, que participou de evento nesta terça-feira na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação).
Ainda segundo Azambuja, a comissão é quem toma as decisões e pode, inclusive, responsabilizar qualquer empresa por eventuais irregularidades. “Até porque nessa comissão existem órgãos de controle que tem essa finalidade, como Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. O que a comissão pode fazer, se entender que existe algo de errado, é acionar judicialmente”, diz o governador.
O projeto de biodiversidade, cujo contrato foi rompido, era executado pela Anambi (Análise Ambiental Ltda). Conforme a assessoria de imprensa da Fundect (Fundação de Apoio e Desenvolvimento de Ensino e Ciências e Tecnologia), foram executados R$ 3 milhões do valor total de R$ 5.215.499,36. Desde novembro de 2014, 10.160 peixes morreram.
Comissão - O pente-fino começou em 6 de janeiro deste ano, logo que Reinaldo Azambuja assumiu o comando do Estado. Após 90 dias, foi prorrogado por igual período em abril. Desta forma, o novo prazo termina em 7 de julho.
A equipe é plural, com representantes de secretarias e entidades. Do Estado, participam membros das secretarias de Governo e Gestão Estratégica, Infraestrutura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico e Procuradoria-Geral do Estado.
As outras vagas são do MPE (Ministério Público do Estado), TCE (Tribunal de Contas do Estado), Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e CAU/MS (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).