Governo quer ampliar aeroporto da Capital e abrir alfândega
O Governo do Estado discute com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) projeto para ampliar o Aeroporto Internacional de Campo Grande e abrir alfândega. Hoje, as mercadorias importadas que chegam a Mato Grosso do Sul precisam passar pela fiscalização em portos, como o de Santos, antes de desembarcar na Capital.
“Nós temos que ter alfandegagem no aeroporto internacional e a gente está discutindo isso, porque muito da importação dos produtos hoje é alfandegado em Santos e outros portos e nós podemos fazer alfandegagem aqui. Então, a gente está discutindo isso com a Infraero para realmente implantar a alfandegagem e dar competitividade para os produtos de Mato Grosso do Sul”, disse o governador, nesta quarta-feira (10), em agenda na governadoria.
Segundo ele, ainda hoje, será realizada reunião com representantes da Infraero para debater o projeto. “A gente vai ver o modelo”, contou. Além da alfândega, a proposta é expandir o pátio de embarque e desembarque.
Em 2011, na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), foi anunciada proposta de ampliação do aeroporto. O projeto de engenharia, estimado em R$ 250 milhões, previa duas novas pistas, radar, melhoria no sistema de pistas e pátio de estacionamento de aeronaves, além da implantação do complexo logístico, recolocação do batalhão de combate e prevenção a incêndios do Corpo de Bombeiros e dos terminais de cargas e de passageiros, além da ampliação do estacionamento de veículos.
Na época, Puccinelli disse que o projeto era prioridade e que as obras começariam em 2012. O plano, no entanto, esbarrou em alguns pontos, como a dificuldade de desapropriar terreno, de 1.381 hectares, para abrigar a ampliação.
Reinaldo lembrou do projeto do seu antecessor. “Tinha um projeto anterior, ousado, mas que não saiu do papel, então nós queremos ver se é possível pelo menos fazer a expansão do pátio de aeronaves, do embarque e desembarque e, principalmente, a alfandegagem”, finalizou.
Pelo projeto anterior, o aeroporto da Capital seria transformado em um centro de distribuição, exportação e importação de cargas. As obras dobrariam o tamanho e a capacidade da unidade aeroportuária, que poderia atender até 2 milhões de passageiros/ano. O plano era partilhar o custo da obra entre o governo estadual, prefeitura de Campo Grande e Infraero.