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Política

Greve de administrativos da educação dura 50 dias com 300 servidores parados

Cerca de 300 merendeiras, auxiliares de secretaria, de serviços gerais, bibliotecários e inspetores estão parados desde 31 de março

Alberto Dias | 20/05/2016 12:05
Presidente do Sisen, Marcos Tabosa, diz que foi à justiça questionar o desconto em dias não trabalhados. (Foto: Alan Nantes)
Presidente do Sisen, Marcos Tabosa, diz que foi à justiça questionar o desconto em dias não trabalhados. (Foto: Alan Nantes)

A greve dos servidores administrativos da Educação completa 50 dias com cerca de 300 funcionários ausentes dos serviços em escolas municipais de Campo Grande. O número corresponde a 15% dos 2.000 servidores que compõem a categoria, conforme informação do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande). Logo que as paralisações começaram, em 31 de março, o número de funcionários parados passava de 700 pessoas.

São merendeiras, auxiliares de secretaria, de serviços gerais, bibliotecários e inspetores, entre outras funções, na expectativa que o prefeito Alcides Bernal (PP) sancione o projeto de lei aprovado pelo Legislativo e que propõe um aumento linear de 9,57%. Tal índice, porém, se trata de emenda proposta pelos vereadores ao PL enviado pelo Executivo, com índice de 3,31%, correspondente à inflação de janeiro a abril.


Sob a justificativa de não poder dar aumento maior em período eleitoral, Bernal já sinalizou o veto às emendas propostas pelo Legislativo, porém ainda não enviou o parecer final à casa de leis. Conforme o sindicato, se isso acontecer a polêmica deve continuar. "Se o prefeito vetar o projeto esperamos que os vereadores derrubem o veto para garantir nossa reposição salarial", afirma o presidente do Sisem, Marcos Tabosa.


Tabosa esteve à frente de inúmeros protestos na Prefeitura Municipal, com carro de som, buzinas e megafone exigindo, também, que o prefeito aumente a bolsa alimentação de R$ 190 para 600 e o pró-funcionário de 40 para 45%. O sindicalista também representa os agentes comunitários de saúde pública que paralisaram os serviços mas já retornaram às atividades, assim como outras categorias, como enfermeiros e guardas municipais. 


Sem salários - O impasse envolvendo o administrativo da educação ganha novos capítulos. Além de não concordarem com o reajuste proposto, a classe reclama de descontos salariais por falta ao serviço. "Entramos com ação na justiça questionando os descontos ilegais, pois greve não caracteriza falta e essa atitude caracteriza coação", ponderou Tabosa, apontando que grevistas são ameaçados por diretores de escola por não comparecerem ao trabalho. Do outro lado da questão, a Prefeitura informa que enviou substitutos para que os serviços, como a merenda dos alunos, não fossem prejudicados.

Na próxima terça-feira (24) os grevistas se reunirão em nova assembleia para definir se a greve continua ou não.

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