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Política

Justiça determina afastamento de sete vereadores da Câmara de Ribas

Ludyney Moura | 13/11/2014 19:08

A Justiça do Estado afastou hoje (13) sete vereadores e cinco servidores da Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, distante 103 km da Capital, acusados de fraudarem licitações e forjarem documentos para recebimento de diárias. Os bens dos 12 também estão indisponíveis.

A decisão foi publicada hoje e assinada pelo juiz da comarca de Ribas, Evandro Endo, que recebeu denúncia oferecida pelo MPE (Ministério Publico Estadual). Na última semana o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Viajantes, depois que a promotoria do município ingressou com uma ação civil publica para investigar os gastos da Câmara.

O MPE acredita que os desvios dos cofres do município podem chegar a quase R$ 4 milhões. Os indícios contratos licitatórios fraudulentos e superfaturados motivaram o afastamento das 12 pessoas pela justiça estadual. As investigações apontaram para a existência de uma "farra das diárias".

O processo corre em sigilo, uma vez que o próprio Ministério Público ainda não analisou todas as provas apreendidas na Câmara durante a operação. A Justiça já havia decretada também a quebra dos sigilo bancário e autorizou interceptação telefônica dos acusados.

Foram afastados os vereadores Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho, presidente da Câmara, Antonino Ângelo da Silva, vice-presidente, Zélia Regina Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick Lima, Fabiano Duarte de Souza e Justino Machado Nogueira, além dos servidores Cacildo Camargo, direto da Casa, Gil Nei Paes da Silva, pregoeiro da Câmara, Marcos Gomes da Silva Junior, presidente da comissão de licitação, Natanael Godoy Neto, procurador jurídico e Walter Antônio, contador do legislativo municipal.

No último dia 4 de novembro, o Gaeco apreendeu cerca de 10 caixas com documentos que estavam no gabinete e residência de vereadores da cidade, do diretor administrativo da Câmara e na residência, em Campo Grande, de um contador que prestava serviços à Casa. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados, sendo 13 na cidade e um em Campo Grande. Uma pessoa foi presa.

A Justiça já havia suspenso o pagamento de diárias aos servidores da Câmara. A partir do recolhimento das provas apreendidas no legislativo, a promotoria de Ribas tem até 30 dias para proceder a análise de todos os documentos recolhidos e dar andamento ao processo.

Com o afastamento dos sete vereadores, incluindo toda a mesa diretora da Casa, a Câmara de Ribas do Rio Pardo ficou com apenas quatro parlamentares.

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