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Política

Justiça faz buscas para investigar “central de fake news” contra Reinaldo

Dois endereços foram visitados por policiais federais por ordem de juiz eleitoral; candidato acusa campanha de adversário de orquestrar ação

Humberto Marques e Geisy Garnes | 19/10/2018 14:16
Endereço em nome de Julio Cabral foi vistoriado por agentes da PF nesta quinta-feira. (Foto: Kísie Ainoã)
Endereço em nome de Julio Cabral foi vistoriado por agentes da PF nesta quinta-feira. (Foto: Kísie Ainoã)

A Justiça Eleitoral cumpriu nesta quinta-feira (19) mandados de busca e apreensão a fim de apurar a elaboração e disseminação de notícias falsas contra o candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Duas supostas “centrais de fake news” que, conforme a denúncia, atuariam sob ordens da campanha do também candidato Odilon de Oliveira (PDT), localizados na região central de Campo Grande foram alvos da ação, acompanhada pela Polícia Federal mas cumprida por oficiais de Justiça, determinada pelo juiz eleitoral Paulo Afonso de Oliveira, da 8ª Zona Eleitoral da Capital.

Os endereços, que a reportagem apurou pertencerem ao publicitário Júlio Cabral, ficam localizados nas Ruas 14 de Julho e Antonina de Castro Vieira. No primeiro, a reportagem apurou que Cabral não se encontrava, não sendo dadas mais informações sobre seu paradeiro, sendo que as equipes de investigação estiveram no local no início da manhã.

A denúncia partiu da coligação “Avançar com Responsabilidade” (PSDB, PSD, PMN, DEM, Patriota, PMB, PP, Pros, PSB, PTB, Solidariedade e PPS), que pediu providências quanto a elaboração de material digital e impresso falso (fake news) “por pessoas ligadas á campanha do candidato ao Governo do Estado, Odilon de Oliveira, com o objetivo de deturpar a imagem do também candidato, Reinaldo Azambuja”.

Segundo a suspeita sob apuração, após a elaboração do material, repassam a terceiros para iniciarem o compartilhamento e depois delegam, “para ocultação de provas”. A denúncia também cita Cabral e o endereço.

O pedido visou a apreensão de materiais que comprovem a autoria e materialidade dos fatos narrados, bem como realização de perícia técnica nos computadores que viessem a ser apreendidos para verificar se foram usados para ilícito eleitoral e, a seguir, remessa dos fatos ao Ministério Público Eleitoral para a tomada de providências.

O juiz eleitoral, ao deferir o pedido, frisou que não havia documentos oficializando a acusação. Porém, reforçou caber ao juiz eleitoral realizar diligências para apurar e inibir práticas ilegais, com base no poder de polícia.

Contatado, o empresário Júlio Cabral disse que comentaria os fatos ainda nesta tarde. A campanha de Odilon não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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