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Política

Justiça nega habeas corpus e mantém prisão preventiva de Bumlai

Leonardo Rocha | 19/02/2016 08:53
Justiça manteve prisão preventiva a Bumlai (Foto: Dida Sampaio/Estadão)
Justiça manteve prisão preventiva a Bumlai (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

A 8ª Turma do TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negou o habeas corpus ao pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o dia 25 de novembro, por ser investigado na Operação Lava Jato. O pedido da defesa já tinha sido indeferido, em liminar, no dia 27 de novembro pela corte.

De acordo com o jornal o Estado de São Paulo, o magistrado entendeu que mesmo com a confissão do pecuarista, sobre o empréstimo de R$ 12 milhões, que foi repassado ao PT, ainda faltam episódios a serem esclarecidos, por isso manteve a prisão preventiva.

A defesa do pecuarista argumentou que a confissão de Bumlai, afastava o risco à ordem pública e assim a "privação de liberdade, não se justificava". Ela se baseou no fato de que o amigo de Lula reconheceu à Polícia Federal que o empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Schahin, na verdade foi feito apenas para ser repassado ao PT.

Para o juiz federal Nivaldo Brunoni, relator do caso no TRF4, que foi convocado para substituir o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato na Corte, as provas e indícios só reforçam a denúncia do MPF (Ministério Público Federal). Ele ainda entende que a confissão foi "parcial" e que ainda existem outros fatos na ação penal para serem explicados.

O magistrado quer saber em que circunstâncias a empresa São Fernando Açúcar e Álcool, de Bumlai, conseguiu empréstimo de R$ 64,6 milhões, em fevereiro de 2005, junto ao BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), assim como R$ 388 milhões em dezembro de 2008, classificada como "espantosa" pelo juiz.

Bumlai e mais dez investigados foram denunciados por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta por suspeita de irregularidade na contratação da Schahin para a operação do navio-sonda Vitoria 10.000 da Petrobras, que justamente resultou no empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo pecuarista, que foi destinado ao PT.

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