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Política

Luiza chama Durães de covarde e pede sessão de desagravo com mulheres

Fernanda Mathias e Alberto Dias | 10/05/2016 11:00
Integrantes de vários movimentos sociais lotaram a Câmara esta manhã (Foto: Alberto Dias)
Integrantes de vários movimentos sociais lotaram a Câmara esta manhã (Foto: Alberto Dias)

Apoiada por movimentos sociais, vereadores Alex do PT e Magali Picarelli (PSDB) a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) ocupou a Tribuna da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (10), depois que o presidente da Casa, João Rocha (PSDB) havia suprimido as falas e, pressionado, acabou sendo obrigado a abrir exceção.

Diante do clamor das mulheres que protestam na Câmara contra o vereador Roberto Durães (PSC) que protagonizou grande polêmica ao ofender a mãe do prefeito Alcides Bernal (PP), João Rocha decidiu suspender as falas e alegou que havia muitos projetos a serem apreciados.

Neste momento, Luiza pegou o microfone e lamentou: “não é possível que a vida seja tão difícil para as mulheres e não tenhamos voz. Todas essas mulheres deixaram suas casas e vieram aqui semana passada e não foram ouvidas. Agora de novo?”. O apelo, apoiado por Alex e Magali, garantiu abertura da fala a Luiza, duramente repreendida por colegas na sessão da semana passada quando o assunto veio à tona.

“A falta de argumento do vereador Durães culminou na ofensa à mãe do prefeito. Ele usou uma mulher, uma idosa, como instrumento para atacar seu opositor. Um pedido de desculpas não é um arrependimento eficaz. Ele é um covarde, por que não está aqui?”, questionou a vereadora. Luiza alertou que o discurso de Durães dá voz “a uma sociedade que ainda humilha às mulheres”.
Ao fim da fala, a vereadora sugeriu uma sessão pública de desagravo com 29 mulheres que é o mesmo número de vereadores para que “a liberdade se imponha e todos aprendam como tratar as mulheres”.

João Rocha cumprimentou a vereadora, mas deixou evidente que não revoga o posicionamento na ocasião em que repreendeu Luiza. “Vossa excelência hoje usou adequadamente o microfone falando com propriedade. Essa Casa, em momento algum afirmou que tudo seria jogado debaixo do tapete. Tomaremos todas as atitudes cabíveis”, afirmou, contrariando a própria fala na semana passada, quando, em coletiva à imprensa, explicou que o regimento da Casa previa que pedido de desculpas anulasse a fala, inclusive com retirada da ata.

Dente os movimentos presentes na sessão desta terça-feira, o Coletivo Dorcelina Folador, Marcha Mundial das Mulheres, Secretaria Estadual das Mulheres do PT, PDT Diversidade, União das Mulheres Advogadas, Sindicato das Artesãs de MS, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Casa da Mulher Brasileira, Rede Trans, União Nacional dos Estudantes.

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