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Política

Movimentos saem das ruas, mudam estratégia e miram senadores de MS

Michel Faustino | 18/04/2016 16:03
Manifestantes desmontando acampamento na tarde de ontem (17) em frente ao MPF na Avenida Afonso Pena. (Foto: Alan Nantes)
Manifestantes desmontando acampamento na tarde de ontem (17) em frente ao MPF na Avenida Afonso Pena. (Foto: Alan Nantes)
Sessão que votou pela aprovação do impeachment, no domingo (17). (Foto: Portal da Câmara)
Sessão que votou pela aprovação do impeachment, no domingo (17). (Foto: Portal da Câmara)

Acolhida a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) pela Câmara dos Deputados, na noite deste domingo (17), os grupos organizadores de manifestos pró-impeachment em Mato Grosso do Sul, em um primeiro momento, devem diminuir a frequência dos atos nas ruas e voltar todas as atenções ao Senado onde a bancada do Estado conta com três integrantes: Waldemir Moka e Simone Tebet do PMDB e Delcídio do Amaral (sem partido). Todos disseram que vão votar a favor do impeachment.

De acordo com a professora universitária Fabrícia Sales, uma das coordenadoras do movimento Avança Brasil em MS, o momento exige estratégias concretas e é preciso que o sentimento que tomou conta dos brasileiros, assim como dos sul-mato-grossenses, não se perca.

“Vivemos um momento histórico. Milhares de brasileiros foram as ruas e tivemos o resultado com o encaminhamento do processo de impeachment. E agora, pra que isso seja encaminhado de maneira célere, é preciso que a gente pense novas estratégias. Deixaremos um pouco as ruas, em um primeiro momento, mas voltaremos com força para pressionar o Senado, que precisa de uma atenção especial. Vamos agregar todos os movimentos e agir com base nos anseios da população”, diz Fabrícia, que esteve acompanhando a votação ontem em Brasília, juntamente com líderes de outros movimentos pró-impeachment do Estado.

O processo deve chegar ao Senado na tarde de hoje e logo na sessão de amanhã (19), o presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve pedir aos partidos que indiquem os integrantes da comissão especial do impeachment.

Segundo ela, mesmo sem a presença intensa nas ruas, os grupos devem se articular entre si, de forma organizada, para que o movimento em Mato Grosso do Sul se mantenha forte. Ontem, por exemplo, manifestantes desmontaram acampamento montado na Avenida Afonso Pena.

Apesar de serem favoráveis ao impeachment de Dilma, Fabrícia ressalta que todo o movimento é apartidário e independente de partido todos corruptos devem ser punidos.

“Nosso movimento é apartidário. Ninguém vai ter o nome encoberto nas manifestações. Agora, temos que ter foco e dar um passo de cada vez. Com certeza vamos chegar em outros nomes”, disse se referindo ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em nível nacional, os movimentos devem elaborar uma 'carta de recomendação' que será encaminhada para Michel Temer.

Matéria editada às 17h para correção de informações*

Manifestantes em frente ao MPF acompanhando por telão a sessão da Câmara. (Foto: Alan Nantes)
Manifestantes em frente ao MPF acompanhando por telão a sessão da Câmara. (Foto: Alan Nantes)
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