Nelsinho avalia “cacos do PSD” e manda R$ 1,6 milhão para pior saída da Capital
Senador diz que partido pode lançar Pedrossian Neto e que eleitor aprecia nome tradicional
Na reta final do ano legislativo no Congresso, o senador Nelsinho Trad (PSD) destinou emendas para revitalizar avenida em Campo Grande, na saída para Aquidauana, que considera a mais problemática da cidade, e volta a Brasília no dia 27 em busca de recursos nos ministérios, a chamada “rapa do tacho”. Já no cenário político, avalia os "cacos do PSD" e não esconde que vai brigar pela cadeira de senador, a qual tem direito assegurado até 2027.
“A política é muito dinâmica e constante. Você nunca pode se desligar. Dar uma de Caetano Veloso. Ele entrou de férias e falou: não me demandem para nada, não me procurem que eu não estou disponível. Na política não tem como você fazer isso. Até porque tem a rapa do tacho, que é uma coisa que eu acredito. No dia 27, estou voltando para Brasília, junto com a minha equipe de orçamento, visitando os ministérios que têm rapinha de tacho para poder trazer para cá. E se você soma uma coisa ou outra, atinge uma quantia considerável”, afirma o senador.
Neste sábado (dia 23), o parlamentar visitou o Campo Grande News e detalhou que o dinheiro das emendas para a Capital já está na conta. Agora, a prefeitura deve licitar e dar a ordem de serviço. Ontem, ele anunciou R$ 3,2 milhões da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro Oeste) liberados para obras de recuperação da Avenida Duque de Caxias, além de drenagem e asfalto em três bairros: Nashiville, Portal Caiobá e North Park. Do total, R$ 1,6 milhão vai para a obra na avenida e a mesma quantia para os bairros.
“É uma sequência do projeto da urbanização da Duque de Caxias. A avenida tinha duas vias, uma que ia para o Aeroporto e a outra que voltava, a gente quadruplicou cada via dessa. Quatro vias para ir e quatro vias para voltar. Com pista de caminhada, ciclovia, canteiro central enorme onde as pessoas vão fazer piquenique, assistem avião descer e subir. Do aeroporto até o Indubrasil, estava prevista a revitalização. Então, a gente botou esse recurso porque é essa a pior saída de Campo Grande. Indo para Terenos, é uma buraqueira, uma 'remendaiada', é horrível. Ao passo que saída para Três Lagoas está bonita, saída para Cuiabá está bonita, saída para São Paulo está bonita. Então, esta faltando só essa ai”, afirma o senador.
No mandato desde 2019, Nelsinho destinou R$ 1,4 bilhão de emendas para agricultura familiar (R$ 118.806.262,42), educação (R$ 99.832.011,39), fronteira (R$ 40.000.000,00), infraestrutura (R$ 760.084.016,32), justiça (R$ 93.477.101,00) e saúde (R$ 346.306.853,00).
Parte dos recursos foi o projeto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira). “Porque uma fronteira desse tamanho, como é a nossa, você não consegue através do ser humano fazer uma fiscalização adequada. E a gente sabe que a fronteira serve para a passagem de tráfico de droga e de armas. Com esses recursos que a gente conseguiu, a etapa Mato Grosso do Sul foi concluída. Só que o Brasil tem dezenas de milhares de quilômetros de fronteiras e o Sisfron ainda precisa completar tudo e ter também, que é o mais caro, uma central para controle”, explica o parlamentar.
Eleições – Sobre as eleições municipais de 2024, o PSD pretende apoiar nomes que demostrarem desejo de concorrer, como é o caso do deputado estadual Pedro Pedrossian Neto. Nesta situação em específico, Trad lembra que o campo-grandense gosta de nomes tradicionais. O avô do deputado foi governador de MS.
“O PSD, em função do último resultado, sobrou um caco dos vários que se quebraram. Um caco um pouco melhor e, na minha avaliação, uma revelação nessa turma jovem que sobrou por aí. Que é o Pedrossian Neto. Ele tem desejo, ele quer, ele está visitando bairros e é um nome tradicional. Campo Grande aprecia isso. E, em tendo esse desejo, o mínimo que o dirigente estadual pode fazer é estimular a candidatura. Mas, vamos até junho ver como isso vai se portar. Dependendo, a gente faz uma reavaliação. Mas a opção de várias candidaturas é interessante para dar chance de o eleitor selecionar aquele que acha melhor”, afirma Nelsinho.
O senador cumpre mandato até 2027 e vai buscar a reeleição. Se em entrevista ao Campo Grande News em julho declarou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava em “primeira marcha”. Agora, avalia que as pautas econômicas aprovadas no final do ano podem proporcionar melhora, considerando que para ir bem o governo federal precisa controlar a economia e ter recursos para investimentos.
Sobre a oposição ao petista, Nelsinho cita que sempre enfrentou o PT em eleições, cenário que deve se repetir na disputa pela reeleição à vaga no Senado.
“As quatro eleições majoritárias que disputei – duas de prefeito, uma de governador e uma de senador – foram contra o PT. Então, a partir do momento que aqui já se estabeleceu uma pré-candidatura oriunda do PT, e essa candidatura pode tirar a cadeira que eu sento, o mínimo que posso fazer é me defender. Eu não posso ficar quieto olhando tudo isso acontecer. Se não eu saio da cadeira, já vem e já senta sem disputar. Mas não, eu tenho um mandato forte, uma inserção forte. Tenho esse campo que me apoia também forte”.
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