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Política

No 2º turno, Marquinhos aposta na rua, apoio de ex-rivais e pesquisas

“Nunca fui vereador de gabinete, nunca fui deputado de gabinete. Esse é um fator que tem me colocado à frente”, diz

Aline dos Santos | 24/10/2016 14:35
Marquinhos é candidato a prefeito e participou de entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Marcos Ermínio)
Marquinhos é candidato a prefeito e participou de entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Marcos Ermínio)

Com apoio de cinco ex-concorrentes nesta última etapa da eleição, o candidato Marquinhos Trad (PSD) mantém a estratégia de campanha de rua, centra a propaganda em transformar postos em Clínicas da Saúde e, caso eleito, pretende, ainda na gestão de Acides Bernal (PP), pedir remanejamento no Orçamento e criar mais duas secretarias no primeiro escalão.

“Há 18 meses eu lidero todas as pesquisas de intenção de voto e tenho sido também o menos rejeitado. Não há por que mudar de atitude. A população me conhece e não será um ator de São Paulo, que nunca esteve na nossa cidade, que fará com que a nossa gente mude de opinião. Nunca fui vereador de gabinete, nunca fui deputado de gabinete. Esse é um fator que tem me colocado à frente”, afirma.

Sobre o alto índice de abstenção, com 114 mil eleitores que não foram às urnas em 2 de outubro, e até mesmo uma candidata fictícia batizada de “Conceição”, ele culpa os próprios políticos.

“Toda vez que um político prometer coisas que sabe que não vai poder cumprir, cada vez mais Conceição irão aparecer. Oferecer proposta não para ganhar a eleição e depois virar as costas à população, mas sim falar a verdade. Ainda que custe o voto do eleitor, mas sempre falando a verdade”, diz.

Aliança – O candidato refuta o termo aliança para a novas parcerias políticas formadas neste segundo turno. “Na ciência política, aliança é uma coisa e apoio é outra. Aliança eu faço com Deus e com a minha esposa. Apoio é você aceitar conteúdos programáticos e ideológicos dos partidos dentro da sua administração. E fiquei feliz”, diz.

Marquinhos teve apoio de Bernal (o terceiro mais votado), Adalton Garcia (PRTB), Lauro Davi (Pros), Elizeu Amarilha (PSDC) e Aroldo Figueiró (PTN). Ele cita que os apoios não foram condicionados a cargos, mas a linhas de conduta na administração. “Primeiro, não participarão do primeiro escalão pessoas envolvidas na Coffee Break, ainda que não estejam julgadas. Basta a denúncia ou o auto de investigação complementar”, diz.

Outras regras são proibição em licitação de empresas denunciadas em escândalos de corrupção e respeitar os contratos vigentes, mas que podem ser auditados. No caso da empresas, a restrição deve vir em edital. “A empresa que recorra à Justiça”, afirma.

Clínica da Família – Nesta nova etapa, ganha protagonismo na propaganda eleitoral o projeto de uma clínica que concentre diversos profissionais. Segundo o candidato, a reformulação de UBS (Unidades Básicas de Saúde) vai começar pelos postos mais movimentados, como São Conrado e Santa Emília. A previsão é de ate cinco clínicas no primeiro ano de gestão.

“Vamos começar logo de imediato. É bom lembrar que antes de a gente propor, teve reunião com profissionais da área, técnicos, engenheiros e saber pela Lei de Responsabilidade Fiscal se a gente teria um corpo de funcionário público apto para realizar essa transformação. E tudo isso foi constatado positivamente”, salienta o candidato.

E o dinheiro? - Apesar das propostas exibidas diariamente no programa eleitoral, o futuro prefeito assumirá com orçamento deixado pelo antecessor e vai depender do vigor financeiro do governo e União. Em Campo Grande, a previsão é orçamento de R$ 3,5 bilhões, mas com destinação já definida. Enquanto só a folha mensal bruta do funcionalismo publico chega a R$ 103 milhões por mês.

“O Orçamento ainda não foi votado nem aprovado. Se eleito, vou imediatamente à Câmara Municipal”, diz o candidato. Ele pretende aumentar a verba para saúde e criar as secretarias da pessoa com deficiência e de assuntos fundiários.

“Vou sentar com o conselho de transição. Vamos analisar certinho o plano enviado à Câmara e fazer as devidas correções junto aos vereadores e ao prefeito”, diz, sobre como obter dinheiro para financiar seu programa de governo. 

Marquinhos obteve teve 34,57% no primeiro turno e disputa com Rose Modesto (PSDB), que teve 26,62% dos votos. No segundo turno, o Campo Grande News fez nova rodada de entrevista com os dois candidatos.

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