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Política

No vermelho, PT tem déficit de R$ 1 milhão em MS; PMDB é o mais rico

Josemil Arruda | 18/05/2014 07:25
“Se eu não gostasse de emoção e desafio recusaria a presidência do PT", diz Paulo Duarte
“Se eu não gostasse de emoção e desafio recusaria a presidência do PT", diz Paulo Duarte

O déficit financeiro acumulado do PT em Mato Grosso do Sul chega a R$ 964.215,95. Só no ano passado, o balanço dos petistas fechou negativado em R$ 124.916,46, conforme prestação de contas publicadas no Diário Oficial da Justiça Eleitoral. Segundo os dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o PMDB é o partido que tem maior patrimônio líquido no Estado, R$ 311.242,85, apesar de ter registrado déficit do exercício financeiro passado de R$ 28.391,52.

Apesar de ter prestado contas atrasado, o PP, que é presidido pelo ex-prefeito Alcides Bernal, é a segunda legenda com maior patrimônio líquido, R$ 241.354,25, seguido pelo PR, do deputado estadual Londres Machado, que fechou o balanço patrimonial do ano passado com bens e direitos líquidos que somam R$ 199.415,21.

Na avaliação do presidente regional do PT, Paulo Duarte, é realmente preocupante a situação financeira do PT estadual, com prejuízos acumulados que já chegam a quase R$ 1 milhão. “Se eu não gostasse de emoção e desafio recusaria a presidência do PT regional. A situação financeira é extremamente preocupante. Estamos tratando disso, mas é uma herança de muitos e muitos anos”, afirmou Duarte.

Para ele, esse déficit teve origem na maior preocupação dos antigos dirigentes com a política do que com a gestão administrativa do partido. “Tem de ter gestão. Essas dívidas tem de ser resolvidas”, defendeu, informando que já pediu socorro à direção nacional do PT. “Estive com o secretário nacional de finanças do PT, buscando solucionar essa passivo”, revelou.

Além disso, segundo Paulo Duarte, a direção estadual do PT está cortando custos e buscando equalizar receita e despesa para acabar com os déficits anuais. “O que aconteceu é fruto de muito tempo em que gestão do dia a dia foi deixada para segundo plano”, disse o presidente. Segundo ele, as coisas devem começar a melhorar daqui a dois meses, quando acaba o bloqueio de cota do fundo partidário, suspensa por três meses em razão de reprovação de prestação de contas.

Partidos sem dinheiro – Dos 31 partidos registrados no TRE de Mato Grosso do Sul, seis apresentaram balanços patrimoniais que revelam ausência de movimentação financeira. Há zero de ativo e passivo. Assim foi a prestação de contas de PSTU, PTC, PTN, PEN, PROS e SDD, sendo que no caso destes dois últimos partidos a falta de dinheiro é até justificável, visto que foram criados em setembro de 2013.

Um desses partidos sem um centavo sequer no banco, o PTN, vive uma crise gravíssima, já que corre o risco de ser despejado de sua sede por falta de pagamento do aluguel.

Dos partidos considerados médios em termos estaduais, o PTB é o que tem maior patrimônio líquido, R$ 85.938,67; seguido por PDT, R$ 45.618,27; DEM, R$ 41.829,05; PSD, R$ 26.544,07; PC do B, R$ 17.899,35; PRB, R$ 16.543,38; PSB, R$ 13.867,29; PPS, R$ 11.411,87; e PV, R$ 2.790,67.

Nove partidos não prestaram contas dos gastos de 2013 até o prazo limite, último dia 30 de abril, o Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Partido da Mobilização Nacional (PMN), Partidos dos Trabalhadores do Brasil (PT do B), Partido Pátria Livre (PPL), Partido Republicano Progressista (PRP), Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Democrata Cristão (PSDC) e Partido Social Liberal (PSL).

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