ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 33º

Política

Novo pacto federativo prioriza "municipalismo", define Nelsinho

Senador participou de reunião de lideranças com ministro da Economia nesta terça-feira

Marta Ferreira | 20/08/2019 20:43
O senador Nelsinho Trad, terceiro à direita, com a minuta do projeto de novo pacto federativo, durante reunião no Congresso com ministro. (Foto: Divulgação)
O senador Nelsinho Trad, terceiro à direita, com a minuta do projeto de novo pacto federativo, durante reunião no Congresso com ministro. (Foto: Divulgação)

Meio trilhão nos próximos 15 anos. É a estimativa de transferências da União para estados e municípios com o novo pacto federativo, como é chamado o sistema de leis que regula a relação entre os entes federativos. A estimativa foi apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante reunião com lideranças do Senado, nesta terça-feira (20).

Foram quase quatro horas de conversas, definidas pelo senador Nelsinho Trad (PSD/MS) como uma demonstração do trabalho do Senado para “fortalecer o municipalismo”. O parlamentar comemorou a definição de pontos importantes para a mudança no pacto federativo,  principalmente em temas caros a prefeitos e governadores. Entre eles, citou a previsão de transferência, anual, de R$ 21 bilhões a governos e prefeituras por meio de projetos como a cessão onerosa do Pré-Sal.

“Estados e municípios receberão 30% divididos igualmente pelas regras do FPE (Fundo de Participação dos Estados) e FPM (Fundo de Participação dos Municípios)”, explicou Nelsinho.

Ele também citou como medida que será positivas no projeto do novo pacto entre estados e municípios, a discussão sobre o fim da Lei Kandir, que é considerada um sumidouro de recursos obtidos com a produção rural, já que isenta, de cima para baixo, o pagamento de tributos sobre produtos primários destinados à exportação. Conforme o senador, a ideia é liberar os entes federativos para ter suas próprias políticas, como era até a década de 1990.

O pacto - De acordo com o portal Congresso em Foco, o documento apresentado pelo ministro Paulo Guedes, caminhar em duas frentes: a flexibilização do orçamento com desvinculações de receita e a transferência de recursos para estados e municípios através de projetos como a cessão onerosa e o Fundo Social do Pré-Sal.

O governo prevê, ainda, a garantia da União para que os estados e municípios façam empréstimos de até R$ 40 bilhões nos próximos quatro anos através do Plano Mansueto e a injeção de quase R$ 20 bilhões no Novo Fundeb, destinado a financiar a educação.

Nelsinho também relacionou como importante a previsão de mudanças nos fundos constitucionais das regiões. “Estaremos injetando mais recursos na Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste).

Embora não seja o líder do PTB no Senado, o parlamentar sul-mato-grossense tem sido participante assíduo das reuniões de lideranças, a convite do presidente da Casa, David Alcolumbre (PSL). Hoje, quando a ordem do dia foi suspensa para o encontro com o ministro, Nelsinho novamente foi chamado para participar. Os encontros costumam ocorrer às terças-feiras.

 

Nos siga no Google Notícias