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Política

OAB aprova observador e comissão para vigiar Julio Cesar em MS

Edivaldo Bitencourt | 18/03/2014 10:47
Miguel Cançado chegou sexta-feira para vigiar presidente da OAB/MS (Foto: Simão Nogueira)
Miguel Cançado chegou sexta-feira para vigiar presidente da OAB/MS (Foto: Simão Nogueira)

O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aprovou, em reunião ontem (17), a designação de um observador e de uma comissão composta por três advogados para vigiar o trabalho do presidente da seccional sul-mato-grossense da entidade, Júlio Cesar Souza Rodrigues.

No entanto, a reunião não analisou o pedido de liminar para afastar o presidente da OAB/MS. Segundo o diretor tesoureiro da entidade, Jayme da Silva Neves Neto, a medida é considerada extrema e só será analisada após a instrução e coleta de provas contra o atual dirigente.

Além dos documentos já anexados ao processo pela oposição, a entidade nacional vai coletar depoimentos para decidir sobre o impeachment do atual presidente. “O Júlio não tem condições de continuar no cargo por mais nenhum um dia”, afirmou Neto, torcendo para que o processo de cassação do presidente seja rápido. No entanto, o caso pode levar até seis meses.

O Conselho Federal ratificou as decisões da diretoria, que decidiu pelo envio de um observador ao Estado. Na sexta-feira, o advogado Miguel Ângelo Sampaio Cançado, de Goiás, chegou ao Estado para vigiar o trabalho de Júlio Cesar.
No dia 28 deste mês, chega a comissão de mais três advogados para acompanhar de perto a reunião do conselho estadual da OAB. Os nomes dos três advogados ainda não foram revelados divulgados.

O adiamento do julgamento do pedido de liminar para afastar Júlio Cesar frustrou a oposição e os atuais diretores, que exigem o impeachment do dirigente.

Ele se enrolou após firmar um contrato com o prefeito cassado Alcides Bernal (PP) para ganhar R$ 11 mil por mês e mais uma parte do que conseguisse ampliar no repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para a Capital. O contrato foi firmado na época em que a OAB/MS instaurou procedimentos éticos contra o então prefeito.

Júlio Cesar nega a irregularidade, mas o contrato foi suspenso pela Justiça em primeira instância e ele recorreu para mantê-lo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

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