Ofício da CEF revela que “Cidade de Deus” não está na suplementação
O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Mario Cesar (PMDB), garante que a construção das casas para as famílias do bairro “Cidade de Deus” não depende de aprovação de suplementação pedida pelo prefeito Alcides Bernal (PP) aos vereadores e alega ter documento oficial da Caixa Econômica Federal que prova isso. No pedido de abertura de crédito suplementar de R$ 9 milhões para a Agência Municipal de Habitação (Emha), segundo ele, estão previstos recursos de contrapartida para os residenciais Celina Jallad, Gregória e Ari Abussaf, não estando incluído o referente a casas para o “Cidade de Deus”.
“90% da suplementação que o prefeito está pedindo é dinheiro que é contrapartida municipal por conta do PAC (Programa Aceleração do Crescimento), que é o Celina Jallad, Gregória e Ari Abussaf, que é para remoção do pessoal da Portelinha, porque a obra da Av. Norte-Sul está parada perto do Talismã e vai seguir até a Consul Assaf Trad, na região do Segredo”, informou.
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Explicou que houve bloqueio do repasse financeiro em razão da falta de contrapartida. “No final do ano passado já estava bloqueado por conta dessa contrapartida que estava faltando”, revelou o presidente Mario Cesar. “Então, não tem nenhum projeto de suplementação vinculado ao pessoal da “Cidade de Deus”, reafirmou.
Nesta manhã, moradores do bairro Cidade de Deus pressionaram o prefeito Alcides Bernal a resolver o problema. Após ameaçarem protesto na frente da Prefeitura de Campo Grande e espera de mais de uma hora, eles foram recebidos pelo prefeito, que mais uma vez jogou a culpa nos vereadores. Bernal afirmou que a construção de dois novos condomínios residenciais e casas populares no Portelinha depende da aprovação do projeto de suplementação de R$ 9 milhões, que está na Câmara.
Mario Cesar revelou que na sexta-feira (13) recebeu ofício da Caixa Econômica Federal sobre os empreendimentos que estão dependendo da suplementação para terem andamento. “Me informaram que a contrapartida municipal é de R$ 7,9 milhões nos três projetos e esse valor é única e exclusivamente para esses empreendimentos que eram do PAC dentro do Minha Casa, Minha Vida”, revelou o peemedebista. “Não tem nada nesses projetos que seja vinculado à Cidade de Deus”, emendou.
A fim de esclarecer essa situação, que teria sido criada pelo prefeito Alcides Bernal, para jogar a população contra os vereadores, o presidente da Câmara disse que convidou o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, e o presidente da Emha, Amilton Cândido de Oliveira, para uma reunião com os vereadores amanhã, às 8 horas.