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Política

Passaia diz que Artuzi está rico

Paulo Fernandes | 01/02/2011 16:44

Segundo o jornalista, ex-prefeito vende queijo na rua para disfarçar.

Juiz federal Odilon Oliveira brinda com editor do jornal Última Hora, Eduardo Carvalho, e com Eleandro Passaia. (Foto: UH News)
Juiz federal Odilon Oliveira brinda com editor do jornal Última Hora, Eduardo Carvalho, e com Eleandro Passaia. (Foto: UH News)

Responsável por fazer as gravações que resultaram na Operação Uragano, o jornalista Eleandro Passaia disse nesta terça-feira que o ex-prefeito Ari Artuzi está rico, mas tenta disfarçar.

“Ele tem consciência de que está rico, mas vende queijo na rua para dar a impressão de que não tem dinheiro porque não pode sair da cidade”, disse Passaia em entrevista à rádio Grande FM.

No início de janeiro, o ex-prefeito acusado de crimes milionários voltou à prefeitura de Dourados para pegar R$ 320,94 - o último dinheiro que tinha a receber de salário do tempo em que foi prefeito. Artuzi afirmou à época que estava devendo R$ 120 mil para os bancos.

Na entrevista desta terça-feira, Passaia afirmou que permanecerá em Dourados e que não terá a rotina alterada, mas agora anda com seguranças e policiais. “Eu sempre disse que quem tinha que sair de Dourados não era eu”, diz.

Passaia afirmou que não tem nenhuma pretensão política e que descarta, pelo menos por enquanto, qualquer tipo de candidatura.

O jornalista diz que “se o novo administrador não tiver pulso firme para combater atos ilícitos em todas as esferas a corrupção vai continuar e com proporções cada vez maiores, a exemplo do que já esteve instalado na prefeitura”.

Para ele, os quatro candidatos a prefeito não mostram como vão combater a corrupção. “Ao ver programas de governo nas propagandas eleitorais, tive a certeza de que o maior mal que aflige a população - a corrupção - não é motivo de preocupação. Não falam com clareza o que vão fazer para acabar com este problema, como vão por exemplo conduzir as licitações”, afirmou.

As ações derivadas da Operação Uragano - que desvendou esquema de fraude em licitações e pagamento de propinas a vereadores - irão para a 3ª Vara Federal, de Campo Grande, do juiz Odilon de Oliveira.

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