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Política

PMs e Bombeiros fazem protesto contra corte de abono e reajuste zero

Em reunião hoje, governo de MS anunciou corte do abono de até R$ 200 já a partir de maio e a impossibilidade de conceder reajuste; amanhã, PMs e Bombeiros fazem manifestação na Assembleia Legislativa

Silvia Frias | 24/04/2019 17:20
Secretário de Administração, Roberto Hashioka fez várias reuniões hoje para anunciar corte de abono e reajuste zero a servidores (Foto/Arquivo)
Secretário de Administração, Roberto Hashioka fez várias reuniões hoje para anunciar corte de abono e reajuste zero a servidores (Foto/Arquivo)

O anúncio do corte do abono de até R$ 200 e do reajuste zero aos servidores do Estado provocou as primeiras reações do funcionalismo. Hoje, após a reunião com o Secretário de Administração, Roberto Hashioka, sindicatos decidiram organizam protesto geral e assembleia para definir outras estratégias de ação.

Em nota, sindicatos que representam policiais militares e bombeiros disseram que vão definir as estratégias juntos, “de soldado a coronel”. Amanhã, a partir das 9h30, também está previsto protesto em frente à Assembleia Legislativa.

O corte do abono, já a partir de maio, a 37,7 mil servidores e perspectiva zero de aumento salarial para todos, tanto ativos e inativos – cerca de 75 mil funcionários - foram apresentadas em três reuniões com diversos sindicatos nesta quarta-feira, por Hashioka e o secretário adjunto, Édio Viegas.

O presidente da ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de MS), cabo Mário Sérgio Couto disse que não houve qualquer acordo para tentar reverter a situação. “Eles [Governo] apresentam dados que já sabemos, mas queremos uma resposta positiva”, disse.

Mais cedo, o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Jaime Teixeira disse que o resultado “foi só notícia ruim” para os servidores.

De acordo com governo estadual, a suspensão do abono está prevista na Lei 5.168, de 5 de abril de 2018, que permite o corte do pagamento caso extrapole o teto de gastos e seja infração à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

O desembolso que varia de R$ 100 a R$ 200 a 37,7 mil servidores representa R$ 14 milhões aos cofres. O abono foi a alternativa criada em 2016, durante a renegociação salarial como os servidores. Para ser retomado, segundo governo, somente por meio de outro projeto de lei.

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