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Política

Podemos ainda espera Chico Maia, mas admite falta de recursos para campanha

Candidato ao Senado está em Brasília para discutir com presidenciável a destinação de recursos para o partido em MS

Humberto Marques | 21/07/2018 14:02
Chico Maia informou que reavalia candidatura ao Senado, projeto será discutido em Brasília. (Foto: Arquivo)
Chico Maia informou que reavalia candidatura ao Senado, projeto será discutido em Brasília. (Foto: Arquivo)

A indicação de Chico Maia para concorrer ao Senado segue cogitada no Podemos, mesmo com os sinais dados pelo candidato de que só manterá o projeto adiante se houver estrutura e engajamento. O primeiro aspecto esbarra na falta de recursos: o partido teria apenas R$ 300 mil para custear todas as suas campanhas no Estado –sendo que as candidaturas de deputados federais têm prioridade. Ainda assim, há expectativas de que Maia não desista do projeto.

Maia e o presidente regional do Podemos, Cláudio Sertão, estão em Brasília, onde participam de reuniões, inclusive com o presidenciável do partido, o senador Álvaro Dias (PR), a fim de discutirem o projeto político no Estado. Eles não participaram da convenção do PDT, aliado do Podemos que, na manhã deste sábado (21), oficializou a candidatura de Odilon de Oliveira ao governo do Estado.

Coordenador regional do Podemos, Antônio Miele representou o partido ao lado do vice-presidente estadual, Venício Leite, no ato pedetista. Segundo ele, “temos alguns momentos nos quais o partido tem de fazer alinhamentos. Ele (Maia) está fazendo alinhamentos necessários neste momento”.

Miele confirmou que não há recursos suficientes para uma campanha ao Senado capaz de fazer frente a outros concorrentes, diante esperado poderio econômico –a lei eleitoral limita a R$ 2,5 milhões os gastos nas campanhas a senador, estando vetadas neste ano as doações de empresas a candidatos, que por anos foram o principal financiador.

“A princípio, o Podemos tem R$ 300 mil para custear suas campanhas. Pretendemos também lançar quatro candidatos a deputado federal e 44 a estadual”, pontuou Miele. O coordenador destacou, porém, que “o partido enxerga que é importante ele ficar e manter a candidatura”.

Após o lançamento de sua candidatura, Odilon destacou que ainda conta com Maia no projeto político para o Estado. “Houve conversas no sentido de que ele sairia (do projeto), e ele mesmo, não sei por qual motivo, fez o comentário. Mas pelo consta, as tratativas com relação ao Podemos continuam em pé e ele integra nossa força-tarefa”, disse o pedetista.

Reunião – Chico Maia informou na noite de quinta-feira (19) que estava revendo os planos de concorrer ao Senado. Por telefone, ele informou que se reunirá com Álvaro Dias no domingo (22) para definir o projeto.

O filiado ao Podemos descartou a injeção de recursos próprios na sua campanha, apontando não demandar de muitos gastos. Contudo, afirmou que os candidatos a deputado do partido precisariam de ajuda financeira –os R$ 300 mil, destacou ele, fazem parte de estratégia para eleger deputados federais, já que o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados é o principal critério na partilha de recursos dos fundos Partidário (de manutenção dos partidos) e Eleitoral (para campanhas).

Maia destacou manter como prioridades em uma eventual campanha a defesa do agronegócio e da candidatura presidencial de Álvaro Dias, o que poderiam pesar na decisão. “Mas vamos esperar o encontro antes de definir”.

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