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Política

Pré-candidatos mostram saídas para reviver setor cultural após crise na pandemia

Cultura tem previsão de investimento de R$ 19,2 milhões neste ano em Mato Grosso do Sul

Aline dos Santos | 15/07/2022 12:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
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Em Mato Grosso do Sul, a cultura tem previsão de investimento de R$ 19,2 milhões no ano de 2022. As fontes de recursos são administração estadual, o FIC (Fundo de Investimentos Culturais), emendas parlamentares e dinheiro federal oriundo da Lei Emergencial Aldir Blanc.

Para conter o impacto da pandemia, onde o isolamento social forçou a parada abrupta das atividades culturais, foram formatados dois projetos. De origem federal, a Lei Aldir Blanc destinou R$ 16,9 milhões, com 700 trabalhadores da cultura contemplados.

Em âmbito estadual, o programa MS Cultura Cidadã investiu mais R$ 1,7 milhão. O alcance foi de 970 trabalhadores.

Nas políticas públicas para o setor, desde 2019, o FIC já repassou R$ 19 milhões para mais de cem projetos culturais de Mato Grosso do Sul.

Diante desse cenário, o Campo Grande News questionou quais as propostas para políticas de incentivo cultural em Mato Grosso do Sul.

 Marquinhos Trad (PSD)

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A cultura transmite valores, expressa tradições, transfere saberes e conhecimentos de geração a geração. Reconhecemos esta importância e incluímos entre as pautas mais importantes do nosso Programa de Governo, onde defendemos o resgate do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, valorizando os costumes de cada região.

Vamos garantir uma política cultural que assegure subsistência, mas também preserve a sua riqueza e diversidade. Defendemos uma gestão democrática e inclusiva, que envolva o Conselho Estadual de Cultura. Os incentivos precisam ser feitos com editais transparentes, que priorizem as manifestações da nossa população, incentivando eventos com novos talentos e criando oportunidade para a diversidade de artistas locais.

A cultura é um ativo econômico, um setor gerador de empregos e de renda para a população. Por isso, nossa gestão incentivará a qualificação, capacitação e fomento aos empreendedores culturais e artistas. A TVE será utilizada para amplificar a divulgação da música, do teatro, do artesanato, da dança e de qualquer manifestação cultural sul-mato-grossense, através da transmissão dos eventos que ocorrem por todo o estado.

Vamos consolidar nossa cultura, valorizando e incluindo a influência de tradições e costumes dos diversos povos e etnias por meio de grandes festivais, apoiando ações que valorizem o patrimônio natural, material e imaterial, preservando a identidade regional, que molda as pessoas, expressão e seus saberes.

Rose Modesto (União Brasil)

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Para compreender a importância da cultura no desenvolvimento do estado, primeiro, é preciso considerar sua abrangência. Além de expressar a dimensão simbólica de um povo - línguas, crenças, artes populares e eruditas, a cultura também é um segmento promotor de cidadania, que contribui para a diminuição da violência, das desigualdades, e gerador de riquezas, que estimula o emprego e a renda.

Em 2019, a economia criativa ficou apenas um pouco atrás da construção civil na colaboração com o PIB do país. Porém, com a chegada da pandemia, o setor cultural foi o primeiro a sofrer com o lockdown e o último a sair, deixando de joelhos artistas, agentes, produtores e gestores culturais diante de uma das maiores crises do meio cultural brasileiro. Em Mato Grosso do Sul, nesse mesmo período, muitos profissionais da área, que vinham sofrendo com a falta de políticas públicas culturais amplas e efetivas, tiveram de se reinventar em outras atividades para sobreviver.

Agora, com a crise sanitária sob controle, precisamos devolver a dignidade, o respeito e os aplausos que a classe artística tanto merece. Mato Grosso do Sul é um celeiro de talentos e nosso governo vai fortalecer os investimentos em cultura. Vamos cumprir a determinação do aumento progressivo de recursos para atender a Lei do Sistema Estadual de Cultura, que prevê 1,5% do orçamento para o setor, e obedecer o calendário do Fundo de Investimentos Culturais – FIC. Vamos desburocratizar editais para beneficiar mais artistas e ampliar o número de espaços artísticos.  Assim, vamos fazer do MS um estado onde a cultura é um direito de todos os sul-mato-grossenses.

Capitão Contar (PRTB)

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 A cultura sul-mato-grossense é muito rica e carrega um importante legado de miscigenação de outras culturas que constituem nossa identidade. É importantíssimo valorizar nossa diversidade, nossas tradições, nossas produções e patrimônios culturais regionais e tudo o que nos representa.

Hoje, infelizmente, o setor cultural está abandonado. Falta incentivo, falta sensibilidade, falta valorização aos artistas regionais e faltam ações objetivas e efetivas para valorizar e fortalecer a cultura regional.

O setor cultural foi duramente atingido nos últimos anos. Quem vive da cultura acabou sofrendo os primeiros impactos da pandemia. Muitos artistas regionais se sentiram desamparados e sem apoio da Fundação de Cultura de MS, outro problema relatado é que os recursos não chegam e falta articulação com os municípios na implantação e desenvolvimento de projetos que possam alcançar toda a cadeia cultural.

Não se constrói políticas públicas para a cultura, sem ter uma gestão voltada para o segmento. Um Estado que valoriza sua cultura precisa ter uma secretaria própria para o setor, precisa buscar estratégias para preservar as manifestações culturais identitárias, utilizar os espaços públicos existentes, dar aos cidadãos o pleno acesso a programas culturais para que reconheçam e vivenciem sua cultura, a cidadania e o lazer.

O FIC (Fundo de Investimentos Culturais) precisa ser aprimorado e ter uma destinação clara e eficiente, ser fiel às diretrizes definidas, ter editais públicos transparentes e investimentos que sejam descentralizados, para que cheguem a todos os municípios do Estado.

André Puccinelli (MDB)

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O setor cultural foi um dos mais impactados pela pandemia da Covid que estamos atravessando há mais de dois anos. A impossibilidade de trabalhar colocou, não apenas os profissionais da linha de frente em situação difícil, mas principalmente os técnicos em condição de miserabilidade. A recomposição do mercado de trabalho da cultura vem sendo feita paulatinamente.

Enquanto o mercado de cultura não se estabilizar com o retorno à normalidade de todas as atividades culturais, necessário se faz que o Estado garanta aos profissionais um valor mínimo de subsistência na forma de auxílio financeiro a todos que atuam nessa área. Isto é imprescindível para que os trabalhadores da cultura atravessem este momento de grande dificuldade.

Concomitantemente é preciso rever para cima todos os investimentos no FIC, Fundo de Investimentos Culturais, garantindo uma periodicidade anual, tal qual aconteceu quando estive no governo.

O retorno de um cronograma de investimentos permite que o setor cultural planeje suas atividades de forma contínua. Os valores percentuais dos impostos revertidos em investimentos culturais deverão ser discutidos de forma clara com toda a classe e os projetos oriundos desses investimentos assegurados gerarão trabalho e renda para número significativo de artistas e técnicos, aquecendo o mercado da cultura de nosso estado.

Giselle Marques (PT)

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Consideramos a Cultura fator determinante para o desenvolvimento do Estado, e vamos desenvolver políticas públicas de valorização dos povos indígenas, quilombolas e das tradições pantaneiras, desenvolvendo programas de apoio às manifestações musicais, artesanais, teatrais e de danças dos diferentes grupos étnicos e das minorias sociais e de gênero.

Quando o PT governou Mato Grosso do Sul, investimos em torno de R$ 90 milhões em iniciativas ousadas, como a criação do Fundo de Investimentos Culturais-FIC, do Festival de Inverno em Bonito e do Festival América do Sul em Corumbá, pois nosso foco é a geração de emprego e renda digna para todos os sul-mato-grossenses. Pretendemos recuperar o caráter popular das políticas culturais, valorizando os artistas locais e a integração latino-americana, em uma perspectiva descolonial.

Em parceria com o Presidente Lula, pretendo auxiliar os municípios a instituírem seus Sistemas de Cultura, oferecendo suporte técnico e jurídico. O ensino da arte será prioridade na rede educacional do estado, mobilizando crianças, jovens e suas famílias. Estamos construindo coletivamente um Programa de Governo comprometido com a ampliação da participação social na formulação das políticas e o acesso democrático da população aos bens e serviços culturais.

E com isso vamos criar o Festival da Diversidade e da Pluralidade Cultural em Dourados, fortalecer o Festival do Chamamé em Rio Brilhante e todos os festivais municipais existentes, apoiar o Festival de Teatro de Campo Grande e retomar o Festival de Cinema de MS.

Eduardo Riedel (PSDB)

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O papel da cultura na construção de uma sociedade saudável é fundamental. O fortalecimento e ampliação de projetos culturais nos próximos anos será um fator estratégico para o Mato Grosso do Sul.

A cultura é um impulsionador educacional e de formação humana. Otimizar os eventos em todas as regiões do Estado, fomentar a produção cultural local, serão nossas prioridades. Nunca se investiu tanto na área cultural em MS, e no meu Governo terei um olhar especial sobre o setor, que será fortalecido. O fomento à cultura exige políticas públicas e investimentos.

No caso do nosso estado, há ainda a necessidade de observarmos nossas vocações, como o meio ambiente e o turismo. Por isso, a cultura deve estar atenta a estas especificidades, ligando uma coisa à outra. Cultura, turismo, meio ambiente, políticas de inclusão social e interação social com respeito à pluralidade são temas que andam juntos.

Esses são conceitos que devem nortear as políticas públicas culturais, de promoção da cidadania e afirmação da identidade cultural. Nossa diversidade cultural se destaca por sua associação ao meio ambiente e ao turismo. A música e a culinária também são componentes desta genética, que traz ainda os ingredientes do artesanato, das artes plásticas e artes visuais, integração que dá visibilidade aos dois grandes festivais promovidos no Estado - o de Inverno de Bonito e o América do Sul em Corumbá. Esses são eventos que continuarão a ser incentivados e aprimorados pelo Governo do Estado.

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