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Política

Prefeito aposta em acordo com professores para finalizar greve

Kleber Clajus e Priscila Peres | 10/11/2014 10:10
Olarte apresentou, na última semana, duas propostas que dividem o reajuste em dois meses ou com ajustes de 1% ao mês (Foto: Marcelo Calazans)
Olarte apresentou, na última semana, duas propostas que dividem o reajuste em dois meses ou com ajustes de 1% ao mês (Foto: Marcelo Calazans)

Sem dinheiro, o prefeito Gilmar Olarte (PP) aposta em acordo com os professores para encerrar greve da categoria, iniciada na quinta-feira (6). A paralisação afeta 70% das escolas municipais e foi deflagrada após o não cumprimento da Lei Municipal nº 5189/13, que prevê equiparação dos salários ao piso nacional em jornada de 20 horas.

“Acredito em um consenso. O reajuste está garantido, mas não posso fazer de uma vez agora porque não tenho dinheiro em caixa. A prefeitura está concluindo uma fase para fechar o ano com as contas no azul e conseguir fazer o pagamento de dezembro e 13º dos servidores. Não tem motivo para ficarem de greve”, disse Olarte, em curso de capacitação de guardas municipais para atuar no trânsito.

Na última semana, duas propostas foram apresentadas aos educadores. Projeto de lei, que tramita na Câmara Municipal, prevê que o reajuste de 8,46% seja adotado em duas etapas, divididas em março e outubro do próximo ano. Em contrapartida, no sábado (8), Olarte apontou que pode retirar a proposta caso seja aceito pagamento do reajuste em 1% ao mês até sua totalidade, a partir de dezembro.

O líder do prefeito na Casa de Leis, vereador Edil Albuquerque (PMDB), esclareceu que “a base sabe que não tem recurso e vai entrar nesse fracionamento para parar com a greve que vai prejudicar todo mundo”.

Já na oposição, como é o caso de Luiza Ribeiro (PPS), ambos os casos representam “desrespeito aos professores”. Ela ainda pontuou que o corte de 700 comissionados é uma das alternativas a se adotar para obter o recurso, provisionado anteriormente no orçamento, que hoje não está disponível.

Reajuste - O reajuste para os professores se aplicado integralmente terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

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