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Política

Prefeito diz que relatório do Gaeco detalha esquema que o tirou do cargo

Paulo Yafusso | 17/05/2016 19:48
Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, pede que relatório da Coffee Break seja anexado à Ação Popular que o mantém no cargo (Foto: Fernando Antunes)
Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, pede que relatório da Coffee Break seja anexado à Ação Popular que o mantém no cargo (Foto: Fernando Antunes)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) pretende arrolar testemunhas e pede para que seja anexado ao processo que o mantém liminarmente no cargo, o relatório complementar da Operação Coffee Break, que investigou suposta compra de vereadores por meio de dinheiro e cargos na administração municipal, para a cassação do mandato dele pela Câmara de Vereadores em março de 2014.

A manifestação, com data do último dia 12, faz parte da Ação Popular ingressada por aliados dele, contra a decisão de afastamento pelo Legislativo Municipal. Ele responde ao último despacho do juiz David de Oliveira Gomes Filho, que deu prazo de cinco dias para que as partes se manifestem sobre o interesse ou não em indicar testemunhas, antes da sentença do processo.

Por meio do advogado dele, Luiz Carlos de Oliveira Bueno, o prefeito manifesta que quer que sejam convocados os vereadores que fizeram parte da Comissão Processante e outras testemunhas, que posteriormente irá informar. E pede ainda que “seja oficiado o Gaeco que forneça/traga aos autos o Relatório Complementar da Operação Coffee Break, que mostra quem teria comandado o esquema criminoso para cassar o prefeito, bem como detalha como foi montado um esquema de propinas e compra de voto na Câmara de Campo Grande para a cassação do prefeito”, diz em trecho da manifestação.

Ainda de acordo com o que consta na manifestação de Alcides Bernal “o relatório complementar traz detalhes de como políticos e empresários teriam tramado a cassação, e que agiam de forma articulada para garantir que a Câmara conseguisse afastar Bernal da Prefeitura”.
A Coffee Break foi deflagrada no dia 25 de agosto do ano passado, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)

O vice-prefeito Gilmar Olarte (PROS), também se manifestou no último dia 13, por meio do advogado Jail Azambuja. Diz que pretende arrolar testemunhas e solicitar perícias das gravações de áudio, vídeo e documentos. O ex-secretário municipal de Governo, Paulo Pedra (PDT), um dos autores da Ação Popular, também avisou que vai pedir a convocação de testemunhas.

O ex-vereador Alceu Bueno e o ex-vereador e agora deputado federal Elizeu Dioníosio, disseram que não pretende arrolar testemunhas. No mesmo sentido se manifestou a vice-governadora Rose Modesto, que na época da cassação era vereadora em Campo Grande.

Com a decisão do Tribunal de Justiça no ano passado, de afastar Gilmar Olarte do cargo de prefeito e de vice-prefeito, Alcides Bernal reassumiu a Prefeitura da capital por força de liminar concedido pelo juiz David de Oliveira Gomes filho nesta Ação Popular em tramitação na 2ª Vara dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.

Assinaram a Ação Popular, além de Paulo Pedra, os vereadores Ayrton de Araújo, o Ayrton do PT, Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza, e Luiza Ribeiro. O agora deputado federal Zeca do PT deixou de fazer parte do processo.

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