Presidente Lula seria derrotado em todos os cenários no estado em 2026
Pesquisa mostra ampla vantagem de Bolsonaro, Michelle e Tarcísio sobre o atual presidente em MS

Pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Paraná entre os dias 13 e 16 de maio de 2025 em Mato Grosso do Sul revelou um cenário desfavorável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial de 2026.
RESUMO
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Pesquisa aponta rejeição a Lula em Mato Grosso do Sul para 2026. Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas mostra o presidente derrotado em todos os cenários simulados, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Bolsonaro lidera as intenções de voto espontâneas, seguido por Lula, com alta taxa de indecisos. Nos cenários estimulados, Bolsonaro, Michelle e Tarcísio superam Lula. A rejeição ao atual presidente se confirma com a desaprovação de 63,2% de sua gestão. A pesquisa, realizada com 1.540 eleitores, tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
O levantamento, feito com 1.540 eleitores distribuídos em 44 municípios do Estado, mostra que Lula seria derrotado em todos os cenários testados de primeiro e segundo turno, independentemente do adversário.
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece como o nome mais lembrado, com 20,4% das intenções de voto, bem à frente de Lula, que pontua apenas 11,5%.
O dado mais expressivo, no entanto, é o elevado índice de indecisos: 57,1% dos eleitores disseram não saber ou preferiram não opinar. Outros nomes mencionados espontaneamente incluem Tarcísio de Freitas (1,8%), Ciro Gomes (1,1%), Michelle Bolsonaro (0,5%) e Nikolas Ferreira (0,3%), todos com menções residuais.
Nos cenários estimulados, em que o eleitor escolhe entre nomes apresentados pelo entrevistador, a tendência de rejeição a Lula se confirma de maneira ainda mais clara. No primeiro cenário testado, Jair Bolsonaro lidera com 48,4% das intenções de voto, enquanto Lula aparece em segundo lugar com 24,8%.
Ciro Gomes (PDT) registra 7,7%, seguido por Ratinho Junior (6,3%) e Ronaldo Caiado (2,6%). O número de eleitores que declararam voto branco ou nulo é de 6,4%, enquanto 3,8% não souberam ou não responderam. A distância entre Bolsonaro e Lula neste cenário chega a quase 24 pontos percentuais.

No segundo cenário, com Michelle Bolsonaro como principal nome da direita, ela aparece com 36,9% das intenções de voto, novamente à frente de Lula, que marca 24,9%. Ratinho Junior cresce para 10,3%, enquanto Ciro Gomes chega a 9,5% e Ronaldo Caiado registra 6%. Neste cenário, os brancos e nulos somam 7,8%, e os indecisos, 4,5%.
O terceiro cenário traz Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, como o principal nome da direita. Ele lidera com 27,7% das intenções de voto, pouco à frente de Lula, que obtém 25,4%. Ratinho Junior aparece com 12,6%, Ciro Gomes com 10,9%, Ronaldo Caiado com 4,7%, brancos e nulos com 12,5%, e os indecisos com 6,1%.
A desvantagem do presidente se acentua ainda mais nos cenários simulados de segundo turno. Em uma disputa direta entre Jair Bolsonaro e Lula, o ex-presidente venceria com ampla margem: 57,4% contra 29,9%, uma diferença de 27,5 pontos percentuais. Neste cenário, 8,4% declararam voto nulo ou branco, e 4,2% não souberam responder.
Em outro cenário de segundo turno, desta vez contra Michelle Bolsonaro, Lula também seria derrotado por larga margem. A ex-primeira-dama alcançaria 55,2% dos votos contra 30,4% do atual presidente. Já em um confronto com Tarcísio de Freitas, Lula teria 30,7% contra 49,4% do governador paulista, diferença de 18,7 pontos.
A situação de Lula no estado é agravada pela avaliação negativa de sua administração. Segundo os dados da pesquisa, 63,2% dos entrevistados desaprovam a forma como o presidente conduz o governo, contra apenas 33,6% que aprovam. Outros 3,2% não opinaram.
Quando a avaliação é detalhada, 45,4% consideram sua gestão "péssima", 9% "ruim", e 21,1% a classificam como "regular". Apenas 15,3% avaliam como "boa" e 7,7% como "ótima". A percepção majoritariamente negativa compromete diretamente a capacidade de Lula se apresentar como um nome competitivo no Estado.
A metodologia da pesquisa seguiu critérios rigorosos de representatividade estatística. A amostra foi construída em três etapas, com sorteio probabilístico de municípios e localidades, utilizando o método de PPT (Probabilidade Proporcional ao Tamanho), e aplicação de quotas de gênero, faixa etária, escolaridade e nível econômico para garantir a fidelidade do retrato do eleitorado sul-mato-grossense.
As entrevistas foram feitas presencialmente por uma equipe treinada, com auditoria de pelo menos 20% dos questionários. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%.