Cirurgia robótica para câncer de próstata é incorporada ao SUS
Procedimento minimamente invasivo promete reduzir complicações
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS aprovou a inclusão da prostatectomia radical assistida por robô na rede pública para o tratamento do câncer de próstata. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (15) e, segundo especialistas, representa um avanço no acesso a um procedimento considerado minimamente invasivo.
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A cirurgia robótica para tratamento de câncer de próstata foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), após aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias. O procedimento, considerado minimamente invasivo, promete benefícios como menor mortalidade, redução de complicações e recuperação mais rápida. O câncer de próstata é o mais comum entre homens no Brasil, com estimativa de 77 mil novos casos em 2025. Apesar dos avanços, a tecnologia ainda enfrenta desafios, como a concentração de equipamentos nas regiões Sul e Sudeste e a necessidade de investimentos iniciais. Atualmente, o SUS possui 43 robôs, mas apenas 12 são de uso exclusivo do sistema público. A medida visa ampliar o acesso a um tratamento que já é realidade na rede privada e em países como os Estados Unidos desde 2003.
De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, a cirurgia consiste na retirada completa da próstata e é indicada quando o tumor está localizado ou localmente avançado, com potencial de cura. O câncer de próstata é o mais comum entre homens no Brasil, com estimativa de 77 mil novos casos em 2025, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
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Atualmente, a tecnologia robótica está concentrada na rede privada e restrita pelo número limitado de equipamentos. A incorporação ao SUS deve ampliar o acesso e oferecer benefícios clínicos já comprovados, como menor mortalidade, menos complicações, redução de sangramento, preservação das funções urinárias e sexuais, recuperação mais rápida e altas hospitalares antecipadas.
Em Mato Grosso do Sul, o câncer de próstata matou 231 homens no ano de 2023. O levantamento feito pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), com dados do Ministério da Saúde, revela que a maioria das vítimas está na faixa etária dos 80 anos ou mais. Em nível nacional, a neoplasia maligna da próstata causou 17.093 óbitos, o que equivale a 47 mortes por dia.
Na região Centro-Oeste, no ano passado, o maior número de mortes ficou concentrado em Goiás com 551 registros. Em Mato Grosso, 295 homens morreram, enquanto no Distrito Federal foram 191.
Próximos passos - Embora a implantação exija investimento inicial, estudos apontam que, no médio e longo prazo, a cirurgia robótica reduz despesas. O impacto financeiro para o SUS nos próximos cinco anos dependerá do número de procedimentos realizados e da forma de ajuste de custos.
Hoje, o SUS conta com cerca de 43 robôs em operação, mas apenas 12 são de uso exclusivo do sistema público. A maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, o que cria desigualdade no acesso.
A cirurgia robótica para câncer de próstata foi aprovada nos Estados Unidos e por órgãos reguladores europeus entre 2003 e 2004. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso em 2008, inicialmente em hospitais privados. Atualmente, o país possui cerca de 160 plataformas robóticas.
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