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Política

Prisões são "medidas extremas", diz chefe do MPE sobre Coffee Break

Ministério Público finaliza investigação até abril, promete procurador

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 24/02/2016 11:44
Humberto Brittes, procurador-geral do MPE-MS. (Foto: Arquivo)
Humberto Brittes, procurador-geral do MPE-MS. (Foto: Arquivo)

Prisões em decorrência da Operação Coffee Break são medidas “extremas”, disse o procurador-geral do MPE (Ministério Público Estadual), Humberto Brittes. Ele apresenta, nesta quarta-feira (24), um projeto de lei sobre eleição de procurador-geral do MPE, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Questionado sobre a operação, que investiga se houve esquema na cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), o chefe do MPE disse que as prisões só ocorrem quando o envolvido fugir ou se o acusado continuar com atos ilícitos. “Só nesses casos se opta por essa ação mais radical”, ressaltou, afirmando que as operações em curso no MPE, a Coffee Break e Lama Asfáltica, "terão resultado, a partir das provas coletadas".

Sobre possível conflito entre o MPE e o poder judiciário, Humberto Brittes disse que não há qualquer problema, ao contrário, existe “interação entre as partes e um trabalho integrado, de forma independente, mas harmônico”.

Ele não descartou que a investigação escute mais pessoas, colha mais provas e dados até a conclusão dos trabalhos, prometido para abril deste ano. Se o MPE entender que houve esquema, a investigação será entregue ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Caso contrário, a outra opção é arquivar o trabalho.

Coffee Break – A operação foi deflagrada em 25 de agosto e resultou, de imediato, no afastamento do então prefeito de Campo Grande,Gilmar Olarte (PP), e do presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB). A operação, que ainda deteve empresários e vereadores, surgiu após a imprensa divulgar gravações da ação da Polícia Federal. Lá, a senha para a propina seria a expressão “tomar um cafezinho”.

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