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Política

Reforma no Governo "terá corte de contratos e demissões", diz secretário

Alberto Dias e Richelieu de Carlo | 16/01/2017 15:16
Secretário de Governo, Sérgio de Paula, confirma medidas austeras para reverter deficit. (Foto: Arquivo)
Secretário de Governo, Sérgio de Paula, confirma medidas austeras para reverter deficit. (Foto: Arquivo)

Para manter o equilíbrio fiscal, o Governo do Estado já avisou que precisará cortar custos, porém, pouco ainda foi detalhado sobre o tal enxugamento que será encaminhado ao crivo da Assembleia Legislativa, em fevereiro. Nesta segunda-feira (16), uma declaração mais enfática, no entanto, prevê medidas austeras. "Vai ter ajuste, vai ter corte de contratos, vai ter demissão, não tem jeito", adiantou, sem meias palavras, o secretário estadual da Casa Civil, Sérgio de Paula.

A medida amarga é necessária, segundo ele, para adequar o Estado à realidade econômica e momento de crise vivenciado no País. "Temos que zerar esse déficit para tocar o Estado, senão não temos condições de tocar", disse, explicando que todo o secretariado já está ciente do assunto. Sem detalhes, De Paula adiantou que os cortes atingirão diversas pastas como, por exemplo, a Casa Civil, nos setores de mídia e imprensa.

"Não vai ter jeito, o tamanho do governo tem que diminuir. Vai ser duro", finalizou Sérgio de Paula sobre a Reforma Administrativa, a que prefere chamar de "ajustes". Tais ajustes estão sendo elaborados pela equipe de governo há cerca de seis meses e devem ser finalizados no retorno das férias do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em 1º de fevereiro. A previsão do secretário de Governo, é que o novo organograma administrativo seja enviado e votado pelos deputados, na Assembleia Legislativa, até março.


As declarações foram prestadas na manhã desta segunda-feira (16), durante entrevista na sede da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), onde acontece a eleição na nova diretoria, com a presença de prefeitos de todo Mato Grosso do Sul.

Mudanças - Conforme noticiado anteriormente, o enxugamento da estrutura administrativa do Governo prevê a extinção de secretarias e órgãos vinculados ao Executivo estadual. Em entrevistas, Azambuja apontava que tal medida visa suportar a crise sem sacrificar serviços públicos entregues à população, mantendo investimentos em saúde, segurança, educação, assistência social e infraestrutura.

"Grandes mudanças ocorreram em 2014 quando propusemos uma reforma do Estado, com diminuição de 20% dos cargos em comissão, redução de secretarias e remanejamento de outras autarquias e fundações". Em janeiro de 2015, o governo reduziu de 15 para 13 secretarias, fazendo a fusão de algumas pastas e extinguindo outras, como a da Juventude. Também solicitou que cada setor diminuísse em 20% os custos e número de funcionários comissionados.

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