Relator vota para tornar réus outros 200 por invasões em Brasília, 2 são de MS
A 1ª leva teve votação encerrada ontem, com 100 réus por atos golpistas, 5 deles aqui do Estado
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre Moraes, relator dos processos dos ataques aos Três Poderes, ocorrido no dia 8 de janeiro, votou por tornar réu a nova leva de 200 denunciados. A votação começou na madrugada de hoje e deve se estender até a próxima terça-feira (2/5).
Na nova lista, há pelo menos dois residentes em Mato Grosso do Sul: o empresário de Maracaju Ivair Tiago de Almeida, 47 anos, e Ilson Cesar Almeida de Oliveira, 45 anos, morador de Sidrolândia.
Ontem (24), o STF encerrou a votação da primeira leva, em que foram denunciadas 100 pessoas, entre elas, 5 residentes em Mato Grosso do Sul.
Esta votação começou na semana passada, já tinha alcançado maioria e foi encerrada com os votos dos ministros Nunes Marques e André Mendonça. Os dois foram os que votaram para rejeitar a denúncia contra 50 denunciados que estavam no QG do Exército.
Nesta segunda leva, caso os ministros sigam o voto do relator, os réus vão responder por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
MS - Ivan Tiago de Almeida, conhecido como Russo, é proprietário de empresa de assistência técnica e locação de colheitadeira de grãos em Maracaju. Ele chegou a divulgar fotografia do dia da invasão. Na imagem, está posicionado perto das cúpulas do Congresso e mostra outros invasores pelo gramado da Esplanada dos Ministérios.
A defesa de Ilson Cesar Almeida de Oliveira vai se manifestar pela inocência. "Pois ele não praticou nenhum delito descrito na denúncia", diz o advogado Daniel Alves.
Desde o ataque, a PGR já denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.