Riedel condena bloqueio do MST e diz que não permitirá invasões
A declaração ocorre em meio aos protestos do grupo, que incluem o bloqueio da BR e a ocupação da sede do Incra

Durante o lançamento da plataforma MS Qualifica Digital na manhã desta quarta-feira (28), no Parque dos Poderes, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou que o Estado não permitirá invasões de propriedades privadas promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra). A declaração ocorre em meio aos protestos do grupo, que incluem o bloqueio da BR-163 e a ocupação da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, criticou os bloqueios da BR-163 realizados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e afirmou que não permitirá invasões de propriedades privadas. A declaração foi feita durante evento no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Riedel classificou o bloqueio da rodovia como inaceitável, destacando os prejuízos causados pelo engarrafamento de cerca de 10 quilômetros. Riedel ressaltou que a reivindicação por reforma agrária, principal bandeira do movimento durante o Abril Vermelho, é de responsabilidade do governo federal. O governador mencionou o aumento significativo no número de famílias cadastradas no Incra desde o início do governo Lula, passando de pouco mais de duas mil para 13 mil. Ele criticou a forma de protesto adotada pelo MST e defendeu o diálogo com o governo federal. Apesar de se colocar à disposição para auxiliar nas negociações, Riedel reforçou que o Estado não tolerará ações que perturbem a ordem pública e prejudiquem a população.
“De maneira tranquila, nós estamos fazendo a manutenção da ordem”, disse Riedel. Ele destacou que o Abril Vermelho, tradicional mobilização do MST, é um movimento de reivindicação por reforma agrária - política de responsabilidade do governo federal. “Se não está acontecendo a reforma agrária, essa é uma discussão que tem que ser tratada com o governo federal. É inaceitável hoje ter uma rodovia federal com 10 quilômetros de engarrafamento, com carga parada, gente parada, aluno parado, ambulância parada”, declarou.
A BR-163, principal rota de escoamento logístico do Estado, amanheceu com 7 quilômetros de congestionamento no sentido norte e 5 quilômetros no sentido sul, em razão do bloqueio feito com pneus e galhos queimados pelo movimento.
Riedel também comentou sobre o crescimento expressivo no número de famílias inscritas no cadastro do Incra desde o início do governo Lula. “Quando o presidente Lula assumiu o governo eram duas mil e poucas famílias. Atualmente, já são 13 mil. Se o movimento não está conseguindo conversar com o governo federal, tem de buscar outros caminhos para poder provocar esse diálogo”, afirmou, criticando a forma de manifestação do grupo.
O governador disse que o Estado está disposto a ajudar em articulações, caso necessário, mas reforçou que não permitirá ações que afetem a ordem pública e prejudiquem a população. “A forma de chamar atenção não pode impactar a vida de outras pessoas”, destacou.
Por volta das 9h, com a promessa da vinda de equipe do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), de Brasília, os manifestantes do MST começaram a desbloquear a BR-163, na saída para São Paulo, em Campo Grande.
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