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Política

Saiba o que prometem os candidatos para 'a obra que ninguém termina'

Campo Grande News traz as respostas dos postulantes à Prefeitura de Campo Grande sobre o Centro de Belas Artes, projetado inicialmente para ser rodoviária

Ricardo Campos Jr. | 31/08/2016 18:04
Obra abandonada do Centro de Belas Artes (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Obra abandonada do Centro de Belas Artes (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Canteiro já recebeu mais de R$ 10 milhões em investimentos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)
Canteiro já recebeu mais de R$ 10 milhões em investimentos (Foto: Fernando Antunes / arquivo)

Projetado para ser a rodoviária de Campo Grande no começo dos anos 90, o prédio localizado na Avenida Ernesto Geisel, no bairro Cabreúva, chama a atenção pelo abandono. Em 2009 o poder público decidiu transformar a estrutura em um Centro de Belas Artes, mas depois de quase dez anos e mais de R$ 10 milhões em investimentos, o local ainda não está pronto e seu futuro é incerto.

A obra pública abre, nesta quinta-feira (31), uma série de cinco reportagens sobre as propostas dos candidatos a prefeito da Capital para problemas antigos cujas soluções são bastante cobradas pela população. As respostas seguem o critério de ordem alfabética adotado pela justiça eleitoral, segundo o nome usado nas urnas.

O candidato do PT, Marcos Alex, pretende revitalizar a área e concluir a obra buscando recursos estaduais e federais junto aos parlamentares do partido. Ele destaca a importância de se manter um diálogo com a classe artística campo-grandense, que será essencial para a execução do projeto.

A ideia é fazer no local um espaço de atendimento ao cidadão e um ponto permanente de exposições e comércio de artesanatos, além da escola municipal de artes e um cinema popular, transformando a realidade de toda a região do Cabreúva.

Já Aroldo Figueiró (PTN) afirma que antes de dar um encaminhamento ao espaço é preciso avaliar a estrutura que já está pronta, pois ela pode estar prejudicada pela falta de uso correto. Além disso, é preciso analisar o que pode ser reaproveitado.

No local ele pretende implantar um museu sobre a rede ferroviária e trabalhar também a questão das belas artes. O candidato acredita que por estar perto da Via Morena e com a restruturação da Euler de Azevedo, o local vai ser bem aproveitado pela coletividade.

Athayde Nery (PPS) também afirma que irá concluir o prédio e transformá-lo em um ambiente cultural, já que está localizado em uma área histórica do município que guarda importantes memórias, como por exemplo a rede ferroviária.

Uma tática que ele pretende adotar para destravar o empreendimento é a parceria público-privada, além de recursos da União, para que o local efetivamente se torne ponto de apresentações de música de danças tanto para campo-grandenses como para turistas.

Coronel David (PSC) pretende incluir a conclusão do Centro de Belas Artes como parte de um amplo projeto de criar uma identidade cultural a Campo Grande e ao estado. Ele pretende integrar o prédio à Orla Ferroviária (também abandonada), Feira Central, Orla Morena e ao complexo ferroviário.

O projeto também conta com a transformação da rotunda na antiga estação em um espaço de manifestações culturais, que será integrado à revitalização do Centro da Capital. Nesse contexto também está a transformação da antiga rodoviária em um espaço cultural e gastronômico.

Já o candidato do PV, Marcelo Bluma, pretende ajustar o projeto de modo que ele também inclua espaços para palestras, espetáculos e seminários, a exemplo do Palácio Popular da Cultura. O Centro de Belas Artes deve revitalizar a região, trazendo novas atividades para os moradores das proximidades.

Além disso, deve ampliar os espaços disponíveis para a realização de eventos na cidade, com potencial para que a Capital sedie congressos regionais e nacionais, já que o município está próximo a Bonito e tem potencial para sediar reuniões de grande porte.

Marquinhos Trad (PSD) pretende levantar, por meio de laudo técnico, a situação do canteiro de obras para avaliar se existe segurança para continuar com o empreendimento. Resolvidos os problemas e constatado que pode ir adiante, irá analisar a possibilidade de concluí-lo com uma parceria público-privada.

A intenção do candidato é que o lugar se torne um ponto cultural de intercâmbio da sociedade, universidade e escolas para formação permanente em artes visuais, dança, música e teatro, especialmente em suas expressões regionais, além de valorizar o patrimônio histórico e cultural da cidade.

Rose Modesto (PSDB) afirma que dar prosseguimento às obras e inaugurar o Centro de Belas Artes está dentro das metas do plano de governo. A intenção da candidata tucana é instalar oficinas de pintura, música e uma exposição permanente de todas as vertentes artísticas.

Ela pretende fomentar todos os setores artísticos que existem na Capital, promovendo interação com o potencial econômico e turístico do município. Assim, a inauguração de um ponto de lazer e cultura seria uma das formas de cumprir esse objetivo.

Suel Ferranti (PSTU) pretende discutir os rumos do espaço com os conselhos populares constituídos pelos profissionais da área cultural, sindicatos, associações de bairros e grupos que lutam contra a opressão, de forma que ele incentivará a ocupação do espaço.

O objetivo é garantir que, uma vez concluído, o local valorize a liberdade de expressão sem qualquer tipo de cerceamento. Suel afirma que o partido defende que todos os espaços públicos, dentre eles, escolas, praças, centros de convenções, hospitais, etc do Estado devem ser abertos a todos os artistas do Estado para que possam expor o seu trabalho sem cobrança de nenhuma taxa.

A equipe do Campo Grande News entrou em contato com todos os candidatos convidando-os a participar da série. Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Arce (PCO), Elizeu Amarilha (PSDC), Lauro Davi (PROS), Pedrossian Filho (PMB) e Rosana Santos (PSOL) não enviaram as propostas sobre o tema até a publicação desta reportagem.

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