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Política

Secretário pode pedir prazo extra para entrega de contratos de tapa-buraco

Kleber Clajus | 13/02/2015 10:48
Valtemir Brito admite que prazo pode ser estendido devido ao grande número de documento a serem entregues à Câmara (Foto: Alcides Neto / Arquivo)
Valtemir Brito admite que prazo pode ser estendido devido ao grande número de documento a serem entregues à Câmara (Foto: Alcides Neto / Arquivo)

O titular da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Valtemir Alves de Brito, pode pedir um prazo extra para apresentar respostas aos vereadores sobre operações tapa-buraco, em Campo Grande. A justificativa considera grande volume de documentos e a proximidade do feriadão de Carnaval.

“É muita cópia, cada processo tem 11 volumes. A intenção é cumprir [o prazo]. Se não conseguir podemos solicitar prorrogação de um, dois ou alguns dias”, pontuou o secretário, que havia prometido em reunião, na segunda-feira, envio de dados até este fim de semana.

Luiza Ribeiro (PPS) se apresenta cética quanto ao cumprimento do prazo e até aposta no atraso para conseguir duas assinaturas faltantes para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue valores, contratos e metodologia de fiscalização das operações tapa-buraco. O processo, que exige ratificação de dez parlamentares, já conta com apoio de Paulo Pedra (PDT), Ayrton Araújo (PT), Marcos Alex (PT), Thaís Helena (PT), Cazuza (PP), Chiquinho Telles (PSD) e José Chadid (sem partido). Porém, ainda há expectativa da entrega dos documentos até quarta-feira a tarde.

Líder da base aliada do Executivo, Edil Albuquerque (PMDB) admite ser um dos mais interessados em terminar com o “carnaval” promovido pela oposição, após denúncias de supostos tapa-buracos fantasmas. O peemedebista ainda afirmou que o acordo para as resposta foi do “mais rápido possível e não tem data”, uma vez que leva tempo para atender a individualidade dos questionamentos de cada parlamentar.

Já o vice-presidente da Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos, Edson Shimabukuro (PTB), acredita que as respostas apresentadas pelo secretário podem apaziguar os ânimos ou desencadear de vez na abertura da CPI. Ao cobrar mais fiscalização e planejamento da Prefeitura, o petebista ressalta que os trabalhos de tapa-buraco sempre vão existir por não ser possível recapear uma rua por conta de um buraco.

Estima-se que o investimento em operações tapa-buraco custe mensalmente R$ 13 milhões aos cofres públicos. Os contratos com as empresas são firmados por período de 12 meses, podendo ser aditados ou prorrogados por até 60 meses.

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