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Política

Senado tem espaço para quem quer trabalhar, diz Pedro Chaves

Ricardo Campos Jr. | 23/08/2016 16:09
Pedro Chaves (PSC) entrou no lugar de Delcídio, cassado por quebra de decoro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Pedro Chaves (PSC) entrou no lugar de Delcídio, cassado por quebra de decoro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Há exatos cem dias no Senado, Pedro Chaves (PSC-MS) atua como titular em seis comissões,  suplente em outras quatro, é considerado um dos mais assíduos do plenário e está tomando a frente em projetos considerados de grande relevância. Ele ocupou a cadeira deixada por Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que teve o mandato cassado depois de sofrer processo por quebra de decoro parlamentar.

“Para quem quer trabalhar mesmo, o Senado é um lugar maravilhoso. Nós nos dedicamos bastante. Os senadores são muito parceiros, quando reconhecem que o projeto tem relevância social, eles estendem a mão”, comenta Chaves, que tem o hábito de amanhecer as segundas-feiras já despachando no gabinete. A maioria dos senadores só despacham em Brasília a partir da terça-feira.

Chaves se diz lisonjeado pela recepção no Senado. “Eu achei que eles reconheceram os meus méritos e foram generosos. Eles viram que eu tinha perfil para poder colaborar”, afirma o parlamentar.

Embora tenha ingressado no Senado já no decorrer da legislatura, acredita que ainda há muito a ser feito até as próximas eleições, quando pretende se submeter ao julgamento das urnas.

“Quem vai dizer é a população. Não falta trabalho da minha parte. Se a população achar que eu devo continuar, continuo. Caso contrário, eu me afasto de cabeça erguida. Sou muito ético e procuro ter uma postura republicana. Sou do PSC, mas tenho sido abordado por gente de outros partidos para entrar em siglas com mais musculatura, mas estou confortável. Somos um grupo de 11 senadores de pequenos partidos que representam 15% da casa e tenho independência”, detalha.

O parlamentar se define como “municipalista”, trabalhando em prol das cidades de Mato Grosso do Sul. Como exemplo de sua atuação, cita a liberação de R$ 8 milhões para obras públicas em Jardim, R$ 500 mil para Corumbá e o destravamento de US$ 56 milhões do BID para levar adiante o projeto de revitalização do Centro de Campo Grande.

“A Rua 14 de Julho é um cemitério. Com a revitalização, ele será uma coisa maravilhosa, haverá parques e concentração de pessoas e o comércio será reavivado”, opina.

No tocante ao trabalho legislativo, Chaves integra efetivamente a Comissão de Educação, Cultura e Esporte; a Comissão Especial para o Aprimoramento do Pacto Federativo; a Comissão Especial para examinar o Código Aeronáutico; a Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional; o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.

O senador é suplente na Comissão de Assuntos Econômicos; na Comissão de Ciência Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas e a Comissão de Transparência e Governança Pública.

Um dos projetos que o parlamentar por Mato Grosso do Sul deu parecer foi o que veta o bloqueio da banda larga pelas operadoras, de forma que as pessoas continuem tendo acesso ilimitado, sem ter o serviço cortado a partir de determinados patamares, como querem as operadoras.

“Hoje tem os portais, o jornal eletrônico, portais da transparência. Hoje tem as compras via internet, o estudante, o pesquisador, o cientista. (A banda larga) Não pode realmente ser limitada”, opina.

Além disso, Chaves terá outra importante missão: votar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

“Estou me posicionando a favor. Estou vendo o conjunto da obra muito mais do que pedaladas e esses decretos ilegais. É analisar desde a entrada dela, principalmente de 2014 para cá, no que transformou o país. Alta do dólar, queda no PIB (Produto Interno Bruto), desemprego. Você nota quantas empresas fecharam. A renda da população caiu, além disso tem a falta de governabilidade. Ela não tem mais credibilidade no congresso”, pontua.

Para ele, o processo de cassação é apenas mais um episódio no Legislativo e não impede o andamento de outros projetos em que está trabalho afirma que passadas essas discussões, tem tantas coisas a fazer como agora na casa.

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