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Política

TCE pede que Marquinhos faça devassa em contratos da Prefeitura

Presidente da corte fiscal diz que situação da administração de Campo Grande é "complicada"

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 28/11/2016 10:50
Presidente do TCE-MS, Waldir Neves, em evento sobre contas públicas para prefeitos eleitos. (Foto: Marina Pacheco)
Presidente do TCE-MS, Waldir Neves, em evento sobre contas públicas para prefeitos eleitos. (Foto: Marina Pacheco)

Por uma “série de equívocos” encontrados nas contas da Prefeitura de Campo Grande, o presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), Waldir Neves, sugeriu ao prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), a suspensão de contratos vigentes e uma auditoria para analisá-los.

Sem citar detalhes, o presidente da corte fiscal afirmou que a situação da Capital é “muito complicada”. “São muitos erros, que, inclusive, comprometedores do ponto de vista legal. Campo Grande tem uma situação muito complicada e um cenário difícil para o novo prefeito. Marquinhos vai precisar de austeridade, eu aconselharia fazer uma auditoria e suspender os contratos vigentes para análise”.

Também disse que já "conversou bastante" com o prefeito atual, Alcides Bernal (PP), mas que ele não tomou as providências necessárias.

Hoje ocorre um evento com os prefeitos eleitos de municípios de Mato Grosso do Sul. Marquinhos Trad não foi, pois está em viagem de trabalho em Salvador (BA), mas enviou os técnicos da equipe de transição.

Ainda conforme Neves, a Capital deve ter de “30 a 40” processos por irregularidades nas contas públicas, referentes à gestão municipal que encerrou em 2012 e também a que encerrará em dezembro deste ano.

Como resultado dos processos que Waldir cita, pode ser aplicada desde uma multa “pequena” ou até impugnação e ações de improbidade administrativa, que é o ato ilegal que contraria legislação sobre administração pública, cometido por alguém que ocupa cargo público.

Ao todo, pelo menos 50% dos prefeitos das cidades de MS deverão responder a processos, afirmou. O presidente da Corte Fiscal disse que todos os envolvidos ainda terão direito à defesa, mas ponderou que, independente de qualquer ação, “não se recupera o dinheiro jogado fora”.

Ignoram – Neves afirmou que muitos prefeitos ignoram os conselhos da corte fiscal, quanto à administração da verba pública, apresentando, desta forma, “muitos problemas nas contas”. Como reflexo, argumenta, somente 16 prefeitos foram reeleitos este ano. “O TCE faz sua parte, tanto na hora de punir, como também na parte de orientação, dando ferramentas para que eles não errem”.

Para ele, a Corte Fiscal é importante nas investigações, a exemplo da Lava Jato, até para fundamentar as denúncias, “trabalhando na retaguarda”.

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