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Política

Tocar obras paradas é solução para deficit de creches, dizem candidatos

Ricardo Campos Jr. | 01/09/2016 17:20
Obra de Ceinf parada em Campo Grande: local poderia atender a população da região (Foto: Marina Pacheco / arquivo)
Obra de Ceinf parada em Campo Grande: local poderia atender a população da região (Foto: Marina Pacheco / arquivo)
Sem cuidados, local sofreu com ação de vândalos (Foto: Marina Pacheco / arquivo)
Sem cuidados, local sofreu com ação de vândalos (Foto: Marina Pacheco / arquivo)

Campo Grande tem 10,2 mil crianças na fila por uma vaga em Ceinf (Centro de Educação Infantil). A maioria pertence a famílias que dependem das unidades para deixar os filhos e conseguir trabalhar para sustentá-los. O problema é crônico na cidade e passa de gestão em gestão. Na tentativa de resolvê-lo, várias obras foram iniciadas, mas 18 delas estão inacabadas atualmente.

A falta de vagas nas creches é o tema da segunda reportagem com propostas dos candidatos a prefeito da Capital para situações antigas cujas soluções são bastante cobradas pela população. Todos os 15 candidatos foram convidados a participar. As respostas seguem o critério de ordem alfabética adotado pela justiça eleitoral, segundo o nome usado nas urnas.

Marcos Alex (PT) diz que pretende resolver a falta de vagas em Ceinfs primeiramente acelerando as obras que estão paralisadas e conseguir recursos junto aos parlamentares de Brasília para erguer 13 novas unidades que sequer começaram, totalizando 23 centros. Como a quantia ainda não é suficiente para atender ao déficit, o candidato prevê a reforma das escolas municipais que trabalham com educação infantil e a ampliação de parcerias com entidades filantrópicas que atuam na área.

Aroldo Figueiró (PTN) também afirma pretender, em um primeiro momento, terminar as obras que estão inacabadas e quer valorizar o trabalho dos professores que atuam na unidade, conscientizando os pais da importância e diferença entre a educação familiar e o ensino fornecido nas unidades. Com relação aos educadores, promete reconhecer seus direitos por meio de política salaria, eleição para diretores e vice-diretores e ao aprimoramento dos docentes.

Já o candidato do PPS, Athayde Nery, entende ser importante fazer um planejamento que envolva o estado, as entidades filantrópicas e outras instituições para utilizar espaços ociosos e assim levantar mais centros educacionais infantis. Por meio das prefeituras regionais, ele pretende levantar com precisão o déficit de vagas em cada região e assim resolver a questão de forma pontual, sem deixar crianças vulneráveis a diversas situações e tranquilizar pais e mães que precisam trabalhar.

Carlos Alberto David, o Coronel David (PSC) afirma que pretende concluir as obras que estão paradas na Capital com os recursos disponíveis em caixa, contando com os 18 Ceinfs que estão nessa situação. Além disso, pretende ampliar a quantidade de vagas construindo mais creches e ampliando as vagas nas escolas de ensino integral, que vão ajudar os pais e mães que precisam trabalhar, mas não têm onde deixar as crianças, evitando também que elas sejam atraídas para as drogas.

O candidato do PV, Marcelo Bluma, pretende enfrentar o problema de forma emergencial aproveitando os investimentos da União para construir salas em escolas já existentes, implantando módulos que atendam 48 crianças e possam ser construídos em 90 dias. Esses módulos fazem parte de um programa do MEC. Paralelamente promete planejar a médio a longo prazo a construção de Ceinfs de modo a conseguir recursos e reduzir o déficit ano a ano.

Marquinhos Trad (PSD) pretende priorizar a conclusão dos Ceinfs inacabados e abrir no mínimo 3 mil vagas. Além disso, irá montar uma equipe de profissionais técnicos capacitados para elaborar projetos e viabilizar recursos para ampliar e construir novos Ceinfs. Paralelamente, vai abrir concurso para contratar profissionais da área, além de equipar as creches com brinquedos, material didático e pedagógico, além de ampliar e implementar espaços para atendimento educacional especializado.

Rosana Santos (PSOL) quer universalizar o ensino em tempo integral, tanto nas escolas como nas creches, cumprindo a primeira meta dos planos Nacional e Municipal de Educação. Para isso, pretende contratar mais professores, técnicos e assistentes, além de investir em infraestrutura, construindo e reformando. Todo o investimento passa pela garantia dos 10% do Produto Interno Bruto da União para Educação, como prevê o PNE de 2014.

Rose Modesto (PSDB) pretende concluir e entregar todas as creches que estão inacabadas, suprindo com isso metade do déficit. Em seguida, promete transformar os Ceinfs em salas de aula para a educação infantil com brinquedoteca, livros adequados à faixa etária e em número suficiente e professores qualificados, além de exigir formação adequada dos profissionais. Por fim, pretende universalizar a matrícula para crianças de 4 a 5 anos.

Suél Ferranti (PSTU) defende a imediata aplicação de um índice do orçamento que de fato beneficie a educação. Esse índice deve ser analisado e deliberado pelos conselhos populares compostos pelos profissionais da educação e pelos pais dos alunos, além de sindicatos, associações de moradores e movimentos estudantis. Além disso, pretende valorizar os profissionais que atuam nesse setor, de modo que eles discutam condições de trabalho e plano de cargos e carreiras.

A equipe do Campo Grande News entrou em contato com todos os candidatos convidando-os a participar da série. Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Arce (PCO), Elizeu Amarilha (PSDC), Lauro Davi (PROS) e Pedrossian Filho (PMB) não enviaram as propostas sobre o tema até a publicação desta reportagem.

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