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Política

Visita de Bernal ao TCE ocorre no momento de “devassa” na prefeitura

Zemil Rocha | 24/04/2013 18:14
Waldir Neves, Cícero de Souza e Bernal esta tarde no TCE (Foto: João Garrigó)
Waldir Neves, Cícero de Souza e Bernal esta tarde no TCE (Foto: João Garrigó)

A visita do prefeito Alcides Bernal e seu líder na Câmara, Marcos Alex Azevedo de Mello, o Alex do PT, aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) também foi marcada por uma situação extraordinária: a “devassa” nas contas da Prefeitura de Campo Grande. A clara intenção de tentar apaziguar os ânimos, por parte de Bernal e Alex, coincide com a presença constrangedora de técnicos do TCE no Paço Municipal, averiguando documentos e fazendo toda ordem de questionamento aos secretários e gestores.

Aliás, a presença do secretário de Planejamento e Finanças, Wanderlei Ben Hur, que acompanhou Bernal à reunião no TCE, teve o propósito de dar informações sobre contratos e atos financeiros que levaram a Corte de Contas a decretar Inspeção Extraordinária, aprovada por unanimidade no dia 10 de abril. Na semana passada, os técnicos começaram os levantamentos nas contas municipais.

Durante seu plantão na Prefeitura de Campo Grande, os técnicos do TCE cobram especialmente documentos sobre o contrato emergencial de compra de gasolina, firmado sem licitação com o Posto Emanuele Ltda por seis meses, no valor 855 mil. Também analisam as transferências de rubricas orçamentárias, que totalizam R$ 40 milhões até agora. A essas transferências o secretário de Planejamento e Finanças da Prefeitura de Campo Grande chama de “suplementações” e garante que estão dentro do limite de 5% (R$ 135 milhões) aprovado pela Câmara, enquanto os vereadores a definem como “remanejamentos” que não teriam passado por autorização legislativa.

Há ainda investigação sobre a contratação de pessoal sem concurso público para atuar no combate à dengue. O TCE aprovou também autorização especial para se investigar qualquer outra irregularidade que for detectado no exame dos documentos.

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