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Cidades

Bolsonaro afirma que vai recorrer da decisão que inocentou Adélio Bispo

Presidente afirma ter “causa pessoal” para manter acusação contra acusado de lhe esfaquear durante a campanha eleitoral

Andreia Verdélio, da Agência Brasil | 14/06/2019 18:09
Bolsonaro afirma ter o interesse pessoal, como vítima, para recorrer da absolvição de Adélio Bispo. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)
Bolsonaro afirma ter o interesse pessoal, como vítima, para recorrer da absolvição de Adélio Bispo. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil/Arquivo)

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (14) que vai recorrer da decisão que absolveu Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque a faca que sofreu durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG), em setembro do ano passado.

“Estou tomando as providências jurídicas do que posso fazer para recorrer. Normalmente o MP (Ministério Público) pode recorrer também, vou entrar em contato com o meu advogado”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, nesta tarde.

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, considerou Adélio inimputável por transtorno mental, ou seja, de acordo com as leis penais, não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. De acordo com laudos periciais oficiais, Adélio é portador de transtorno delirante persistente.

Bolsonaro disse ainda que tem convicção de que Adélio foi contratado para lhe assassinar e que, se preciso, vai pagar para que seja feita uma nova avaliação psicológica no acusado. “Eu tenho a causa pessoal, eu tenho que me defender. E custa caro isso aí, outro lado custa caro. Vou tomar providências”, ressaltou. “É um crime contra um candidato a presidente da República que atualmente tem mandato e devemos ir às últimas consequências”.

O magistrado decidiu também que Adélio Bispo deveria ficar internado em um manicômio judiciário por tempo indeterminado. No entanto, diante da periculosidade do acusado, ele permanecerá no presídio federal de Campo Grande, onde está preso desde o atentado.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, o acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições e planejou o ataque com antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa. O atentado ocorreu em 6 de setembro de 2018 no centro de Juiz de Fora (MG). Preso, Adélio foi trazido para a penitenciária campo-grandense.

A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um problema mental.

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