Cães bombeiros substituem de 20 a 30 militares em ações de busca e salvamento
Diante dos serviços prestados, os animais já receberam 22 certificações nacionais e internacionais
Um cão bombeiro substitui de 20 a 30 militares em ações de busca e salvamento. Em Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros mantém quatro caninos à disposição dos serviços da corporação e um deles auxiliou, inclusive, nos trabalhos em Brumadinho (MG), quando barragem soterrou a cidade e deixou centenas de mortos.
Diante dos serviços prestados, os animais já receberam 22 certificações nacionais e internacionais de buscas em ambientes rurais e urbanos. Dois dos quatro ficam em Campo Grande, no canil do 6° Grupamento de Bombeiros, no Parque dos Poderes.
Lá, as cadelas pastoras Laika e Mali são treinadas para as ações e, em Coxim, no canil do 5° Subgrupamento Independente de Bombeiros, a dupla é a labradora Cindy e o pastor belga Duke. Ambos estiveram em Brumadinho em 2019.
Cada um dos cães tem um tutor, que é com quem eles atuam nas ocorrências. Laika faz binômio com o sargento Thiago Kalunga, e a pastora belga, Mali, é parceira do Cabo Medeiros. Em Coxim, Cindy faz binômio com o sargento Luciclei e Duke com o major Fábio.
“Essa parceria com os cães, denominada binômio, que é a união entre o cão de resgate e o bombeiro militar, faz muita diferença numa atividade de busca, pois um cão na atividade de busca por uma pessoa perdida consegue substituir de 20 a 30 bombeiros militares devido à sua capacidade olfativa”, explica o major Fábio Pereira de Lima, que é chefe da assessoria de comunicação da corporação em MS.
Aposentadoria – Embora ainda estejam em ação, Cindy e Duke, precursores no serviço de resgate e salvamento no Estado, já se preparam para a aposentadoria, pois já estão com nove anos de idade. Assim, outros dois cães já estão em treinamento nos canis de Campo Grande e de Coxim.
De acordo com major Fábio, a vida útil de um cão no serviço é de oito anos, sendo possível trabalhar mais, como é o caso de ambos, conforme avaliação de capacidade física e de saúde do animal.
Ele reforça ainda que os animais não ficam presos nos canis, já que acompanham o tutor em casa, “Isso ajuda a aumentar o vínculo entre o bombeiro militar e o cão de resgate, que convivem diariamente tanto em casa quanto no quartel, em treinamento”.