Caminhão tombado em MS revela esquema de contrabando do Paraguai a SP
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Campo Grande, Dourados e Amambai
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (28) a Operação Manifesto, voltada a desarticular um grupo especializado no contrabando e descaminho de produtos de origem paraguaia, incluindo armas de fogo. São seis mandados de busca e apreensão em Campo Grande, um em Dourados, um em Amambai, e mais um em São Paulo.
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Operação Manifesto combate contrabando de produtos paraguaios. A Receita Federal e a Polícia Federal cumprem mandados em MS e SP para desarticular grupo que trazia ilegalmente armas, eletrônicos e medicamentos do Paraguai. Investigação iniciou após acidente com caminhão em julho. Quadrilha enviava produtos para Campo Grande e, posteriormente, para São Paulo, usando transportadoras. Nove mandados de busca e apreensão foram emitidos, além do bloqueio de bens de investigados. A operação conta com auditores, analistas da Receita e policiais federais.
As investigações começaram em julho de 2023, após a prisão em flagrante de um motorista na BR-267, em Nova Alvorada do Sul, quando um caminhão tombou carregado com mercadorias irregulares. O “manifesto” de transporte estava registrado em nome do dono da transportadora, que teria tentado alterar os dados da ocorrência para não perder a cobertura do seguro da carga e do veículo.
Segundo a apuração, a quadrilha tinha estrutura organizada e funções bem definidas para introduzir os produtos de forma clandestina no Brasil. As mercadorias apreendidas vão de eletrônicos e medicamentos até armações, óculos e armas de fogo. O material era adquirido no Paraguai, transportado para Campo Grande ou cidades próximas e, em seguida, enviado por transportadoras de confiança, misturado a cargas legais, principalmente para destinatários no estado de São Paulo.
A 1ª Vara Federal de Dourados determinou o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão — oito em Mato Grosso do Sul e um em São Paulo. Também foi decretado o bloqueio de ativos de nove investigados, cada um no valor de R$ 622 mil.
Ao todo, participam da operação seis auditores fiscais e cinco analistas da Receita Federal, além de 36 policiais federais.