Com 2,7 mil casos, MS lidera ranking de mortes por excesso de peso
Em relação aos custos ao Sistema Único de Saúde, o estudo identificou gasto anual direto de R$ 91,22 milhões
Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional de mortes que podem ser atribuídas à obesidade, segundo estudo liderado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisadores de outras instituições, inclusive do Chile.
No ano de 2019, período estudado na pesquisa “A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS”, 2.667 pessoas faleceram no Estado em decorrência de Doenças Crônicas não Transmissíveis, maioria delas – 1,43 mil – por problemas cardiovasculares.
Em relação aos custos ao Sistema Único de Saúde, o estudo identificou gasto anual direto de R$ 91,22 milhões relacionados às DCNTs no Estado e desse montante, R$ 23,25 milhões (25,5%) podem ser atribuídos ao excesso de peso e obesidade.Os maiores custos também foram nas doenças cardiovasculares, representando R$ 11,8 milhões.
E para além das 2,67 mil mortes, total de 7,76 mil pessoas foram hospitalizadas por esse tipo de doença e mais 185,30 mil procedimentos ambulatoriais foram realizados pelo SUS e que podem ser atribuídos também ao excesso de peso e à obesidade.
Para melhor entendimento, as DCNTs são doenças multifatoriais, isto é, causadas por diversos fatores de risco, apresentam longos períodos de latência e afetam pessoas por muitos anos, até mesmo décadas, podendo resultar em incapacidades funcionais. Exemplos são as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, as neoplasias (cânceres) e a diabetes mellitus.
Brasil - a prevalência de excesso de peso pode chegar a 68% no Brasil em 2030, ou seja, sete em cada 10 pessoas; e a de obesidade a 26%, ou uma a cada quatro. O estudo, que foi financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) também mostra que, no Brasil, a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.
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