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Cidades

Com banco de DNA, PF liga preso a roubos “de filme” no Paraguai e em MS

Assalto à Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai, foi em abril de 2017 e roubo a agência do Banco do Brasil em Campo Grande foi no mesmo ano

Anahi Zurutuza | 21/04/2019 10:28
Cenário de destruição após ataque a caixas eletrônicos em agência do Banco do Brasil (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Cenário de destruição após ataque a caixas eletrônicos em agência do Banco do Brasil (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Com o BNPG (Banco Nacional de Perfis Genéticos), a PF (Polícia Federal) conseguiu ligar um investigado a três crimes, um deles registrado em Campo Grande.

O suspeito foi preso na terça-feira (16), e segundo a polícia, teve participação no assassinato de um agente penitenciário, no roubou milionário à base da Prosegur no Paraguai e a um assalto ao Banco do Brasil em Campo Grande.

Conforme apurou e divulgou o jornal O Estado de S. Paulo, apontar a participação do preso foi possível pelo “cruzamento do perfil genético do suspeito com os vestígios biológicos coletados nos respectivos locais de crime por meio do Banco Nacional de Perfis Genéticos”.

“Esse banco armazena todos os dados de DNA coletados pela Polícia Federal e pelas polícias estaduais. Cópias do laudo serão encaminhadas às respectivas autoridades competentes para as providências cabíveis”, completou a PF por meio de nota enviada ao Estadão.

A reportagem não divulgou o nome do criminoso. Ele foi preso, conforme apurou o jornal de São Paulo, em foi preso em Cascavel, oeste do Paraná, durante uma blitz da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em um ônibus da linha Foz do Iguaçu-Curitiba.

Vestígios de caixa eletrônico se espalham por agência. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Vestígios de caixa eletrônico se espalham por agência. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Roubo na Capital - Numa ação com reféns, perseguição e troca de tiros, cinco ladrões explodiram dois caixas eletrônicos do Banco do Brasil na madrugada do dia 11 de outubro de 2017 em Campo Grande. O alvo foi o terminal dentro do Parque de Exposições Laucídio Coelho, da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

A ação teria sido organizada por José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, antigo líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul. Ele foi preso pelo crime no dia 26 de outubro daquele ano. Além dele, outros três suspeitos foram pegos.

Os ladrões renderam os seguranças e a logística incluiu troca de carros, “armadilhas” com pregos nas ruas do entorno do parque e técnica de explosão menos danosa às cédulas de dinheiro.

Na fuga, os bandidos trocaram tiros com uma equipe da Gecam (Grupamento Especializado com o Apoio de Motocicletas). Os policiais militares estavam na avenida Manoel da Costa Lima, próximo à Depac Piratininga (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), quando ouviram barulho de duas explosões sucessivas. Eles seguiram a direção do ruído e viram o Golf saindo do parque em alta velocidade. Ao se aproximarem do veículo, começaram os tiros.

Apesar de o Golf ter sido atingido, os policiais acreditam que já fazia parte do plano a troca de veículos, porque um segundo carro estava estacionado numa das ruas laterais ao parque de exposições. Após a troca de tiros, foram recolhidas munições de pistola calibre 9 mm (de uso restrito), fuzil 556 e pistola ponto 40.

No carro abandonado, foram apreendidos explosivos e notas de dinheiro. A polícka calcula que a a quadrilha fugiu com R$ 118 mil.

Prédio da Prosegur em Ciudad Del Este destruído durante assalto, em abril de 2017 (Foto: ABC Color)
Prédio da Prosegur em Ciudad Del Este destruído durante assalto, em abril de 2017 (Foto: ABC Color)

Assalto no Paraguai - Pelo menos 30 homens usando armamento de guerra – como metralhadora ponto 50 (capaz de derrubar helicóptero), fuzis e explosivos – roubaram US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 120 milhões, da transportadora de valores Prosegur. Um policial e três bandidos morreram e quatro pessoas ficaram feridas na ação e na perseguição. O assalto é apontado como o maior da história do Paraguai.

Um dos presos à época foi o mesmo homem detido nesta terça-feira. Em 2017, a polícia coletou o DNA do suspeito, que ficou armazenado no banco de dados.

Assassinato - O agente penitenciário federal Alex Belarmino Almeida da Silva de Catanduvas (PR) foi assassinado por mais de 20 tiros em setembro de 2016.

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