Em 1 ano, casos de lesão corporal contra LGBTQIAPN+ dobram em MS
Estado registrou 86 casos de lesão corporal dolosa segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública
A comunidade LGBTQIAPN+ em Mato Grosso do Sul foi vítima de 120 casos de diferentes tipos de crimes em 2024, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul registrou 120 crimes contra a comunidade LGBTQIAPN+ em 2024, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. Lesões corporais dolosas tiveram aumento de 100%, passando de 43 para 86 casos. Homicídios dolosos subiram de dois para três, enquanto estupros caíram de 57 para 31. O estado lidera o número de casos no Centro-Oeste, superando Mato Grosso (60), Goiás (41) e Distrito Federal (81). O aumento expressivo em lesões corporais dolosas coloca Mato Grosso do Sul em destaque negativo no cenário nacional da violência contra a comunidade LGBTQIAPN+. A ausência de dados sobre homicídios no Distrito Federal em 2024, segundo o Fórum, também reflete a problemática da violência.
Um dos maiores aumentos ocorreu nos casos de lesão corporal dolosa, que passaram de 43 registros em 2023 para 86 em 2024, representando alta de 100%. Nos homicídios dolosos, o Estado teve dois casos em 2023 e três no ano passado. Já nos casos de estupro, houve queda, passando de 57 registros para 31 no mesmo período.
Apesar da queda nesse último tipos, o aumento expressivo nos registros de lesão corporal dolosa colocou Mato Grosso do Sul em destaque negativo entre os estados que monitoram a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não-binários e outras identidades.
No recorte do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul liderou em quantidade de casos em 2024, com 120 notificações. Mato Grosso contabilizou 60 registros, Goiás fechou o ano com 41 casos e, por fim, o Distrito Federal registrou 81 ocorrências.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também fez uma observação sobre a ausência de registros de homicídios dolosos contra pessoas LGBTQIAPN+ no Distrito Federal em 2024, destacando que “não ter dados é parte do sintoma da violência”, conforme consta na publicação.
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