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Cidades

Em 8 meses, MS bate recorde brasileiro de apreensões com 512 toneladas de drogas

Haxixe, maconha e sintéticos foram as drogas mais tiradas de circulação neste ano

Tainá Jara | 29/08/2020 15:57
Apreensão durante patrulhamento pela MS-166 (Foto: Divulgação/Governo do Estado)
Apreensão durante patrulhamento pela MS-166 (Foto: Divulgação/Governo do Estado)

Em oito meses de 2020, Mato Grosso do Sul é o recordista brasileiro de apreensões de drogas. Até o momento, foram tiradas de circulação mais de 512 toneladas de drogas. O número representa aumento de 111% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram apreendidas pouco mais de 243 toneladas de entorpecentes.

Houve aumento significativo na apreensão de haxixe, maconha e sintéticos. As apreensões de haxixe aumentaram +106%, com 146,3 quilos e de maconha +111%, com mais de 501 toneladas, contra as 238,2 toneladas apreendidas no ano passado. Outros tipos de drogas, que inclui aquelas sintéticas, registraram alta de apreensões de +1.263% em comparação com 2019. Este ano foram 8,3 toneladas e no ano passado 615 quilos.

Houve queda na apreensão de cocaína e crack, em relação ao ano passado. Do total de mais de 512 toneladas de drogas apreendidas no Estado, 1,7 toneladas é de cocaína, uma queda de -45% em comparação com 2019, quando foram tiradas de circulação 3,1 toneladas da droga. Em relação ao crack, até agora, foram 146 quilos e no ano passado 353.

Do total de drogas apreendidas este ano, o maior volume, 332,4 toneladas, foram tiradas de circulação no interior do Estado, especialmente naqueles municípios localizados na linha e faixa de fronteira com o Paraguai, durante as ações da Operação Hórus, realizada pelas Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Grande parte das apreensões de drogas, mais de 180 toneladas, foram realizadas pelas equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), que também quebrou recorde histórico. O anterior, de 73,2 toneladas, foi registrado no ano passado pelo departamento.

Para o diretor do DOF, coronel Wagner Ferreira da Silva, as grandes apreensões registradas este ano se devem ao aprimoramento dos trabalhos de inteligência, bem como ao devotamento, comprometimento e expertise dos policiais, combinados com uma política estadual forte de enfrentamento à criminalidade na fronteira.

O governador Reinaldo Azambuja fez questão de destacar a ação do DOF na apreensão recorde. " Foram 33,3 toneladas de maconha tiradas de circulação durante a operação Hórus, causando um prejuízo de mais de R$ 50 milhões às organizações criminosas. Quando unimos esforços, protegemos as nossas fronteiras e o nosso país!", afirmou.

Maior apreensão do Brasil - Com a maior apreensão de drogas já realizada no Brasil, registrada no último dia 26, quando o DOF interceptou, em Maracaju, carreta com mais de 33,3 toneladas de maconha, o prejuízo ao crime organizado ultrapassa R$ 2 bilhões neste ano. “Essas apreensões rompem um ciclo criminoso, descapitalizam o crime organizado e impedem que seus dividendos retornem à sociedade como violência.”, garante o diretor do DOF. Veja o vídeo.

Mais 119,5 toneladas - Das drogas tiradas de circulação este ano pelas polícias estaduais no interior, 119,5 toneladas foram apreendidas pela PMRv (Polícia Militar Rodoviária). De janeiro até agora, são 30 toneladas a mais que durante todo o ano passado (89,5 toneladas).

Para o tenente-coronel Wilmar Fernandes, que comanda a equipe, os bons resultados refletem os investimentos estaduais e federais. “Foram realizados cursos de nivelamento de conhecimento para os policiais e com isso melhoramos as táticas de abordagem, além disso, com Operação Hórus houve significativo incremento de efetivo na faixa de fronteira”, lembra.

Incineração - Recorde de apreensão e incineração registrou também a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), que até agora já destruiu 50,6 toneladas de entorpecentes. Durante todo o ano de 2019 foram incineradas 31,7 toneladas.

Das 180 toneladas de drogas apreendidas em Campo Grande este ano, 9,7 toneladas foram tiradas de circulação pela delegacia “O nosso foco são as drogas que passam pela capital ou que chegam para serem distribuídas aqui”, explica o delegado titular Gustavo Ferraris.

Em trabalho ancorado na inteligência policial e realizado em parceria com unidades do interior, na semana passada os policiais da Denar conseguiram apreender mais de 6 toneladas de maconha no rodoanel da Capital.

Para o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, os números são indicadores de que a segurança pública e as forças policiais estão fazendo o dever de casa e cumprindo com excelência o seu papel. “São números expressivos que traduzem efetividade e estou convencido de que gestão de qualidade e os investimentos em modernização das frotas e estruturas, bem como reciclagem e capacitação dos nossos efetivos, foram primordiais para conseguirmos bater todos os recordes de apreensão do Brasil”, salienta.

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