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Cidades

Em mais uma fase, PF busca em MS financiadores de atos antidemocráticos

São cumpridos mandados em Mato Grosso do Sul e outros dois estados

Dayene Paz | 11/05/2023 07:01
Viatura da PF na sede da superintendência, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Viatura da PF na sede da superintendência, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Financiadores e pessoas que fomentaram atos antidemocráticos ao prédio dos três Poderes, do dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), são alvos da 11ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF (Polícia Federal), nesta quinta-feira (11). São cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal, em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Logo no início da manhã, viatura da PF foi flagrada em frente a um imóvel, na cidade de Maracaju, a 160 km da Capital, onde é cumprido mandado da operação. Informações iniciais são de que os alvos seriam Colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos (CACs) e fazendeiros, que teriam financiado os atos.

Durante a apuração, foi determinado o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.

Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Viatura da PF em frente a imóvel em Maracaju. (Foto: Hosana de Lourdes)
Viatura da PF em frente a imóvel em Maracaju. (Foto: Hosana de Lourdes)

"As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas", disse a PF em nota.

No dia 20 de janeiro, a PF saiu às ruas para identificar os integrantes dos atos antidemocráticos. Na ação, a intérprete de libras Soraia de Mendonça Bacciotti, 48 anos, presa em Campo Grande. Soraia foi intérprete durante a campanha de Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB), para o Governo do Estado.

Antes de ficar conhecida como a intérprete “Ruiva do Contar”, Soraia se formou em Pedagogia e fez cursos de Turismo e Gastronomia. Atualmente, fazia especialização em Educação com ênfase em surdez. A intérprete aparece em postagens nas redes sociais como apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Atos antidemocráticos - No dia 8 de janeiro deste ano, inconformados com o resultado das urnas, pessoas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, promovendo violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

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