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Cidades

Em Porto Alegre, Eduardo Riedel se reúne com governadores do Sul

Governador vai discutir planejamento de ações do Codesul, conselho regional que MS faz parte

Cassia Modena | 16/06/2023 08:15
Eduardo Riedel está acompanhado de secretários estaduais (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)
Eduardo Riedel está acompanhado de secretários estaduais (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), está em Porto Alegre (RS), nesta sexta-feira (16), para discutir o planejamento estratégico das ações do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul) até 2040.

O conselho é formado por, além de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Ele foi criado para colaborar com o desenvolvimento dos estados-membros e integração deles ao Mercosul, sendo presidido atualmente pelo governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB).

Dentro do planejamento discutido, os chefes do Executivo de cada Estado vão pautar a criação do Fundo Sul/Sudeste; medidas de mitigação dos efeitos da pandemia no nível de aprendizagem das crianças e adolescentes nas escolas; projetos nas áreas de infraestrutura e logística enviados ao Governo Federal; participação dos estados na COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas); medidas de mitigação de estiagens e vigilância sanitária do vírus Influenza Aviária; e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).

Acompanham Eduardo Riedel os secretários estaduais Pedro Caravina (Governo e Gestão Estratégica); Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); Hélio Peluffo (Infraestrutura e Logística); e Hélio Daher (Educação). O encontro será realizado na Cúria Metropolitana de Porto Alegre, a partir das 12h.

Gás natural - Aliados no Codesul, Eduardo Leite e Eduardo Riedel poderão disputar qual Estado será a porta de entrada para o gás natural importado da Argentina.

Em entrevista ao portal epbr, Leite afirmou que a importação poderá trazer investimentos em infraestrutura, além da produção de fertilizante, e que dialoga com o Governo Federal para o Rio Grande do Sul ser porta de entrada do combustível no Brasil. Vale ressaltar que isso representaria mais arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao estado gaúcho.

A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia demonstrado interesse na infraestrutura já existente entre Bolívia e Mato Grosso do Sul. Além disso, em 2020, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que cabe a Mato Grosso do Sul a cobrança do ICMS sobre a importação boliviana.

O governador Eduardo Leite (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O governador Eduardo Leite (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

"Estamos advogando, especialmente junto ao Ministério de Minas e Energia, para que, no que diz respeito aos investimentos que o governo brasileiro se propôs a fazer através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na Argentina, por exemplo, os gasodutos de Vaca Muerta, tenham a priorização da entrada desse gás pelo Rio Grande do Sul, e não simplesmente sejam levados à Bolívia para, pelo Gasbol, fazer a transmissão – o que imporia um intermediário, um terceiro elemento [a Bolívia]”, disse também Eduardo Leite.

O canal de transporte do gás natural que vem da Bolívia começa na cidade de Santa Cruz de la Sierra e tem fim na cidade gaúcha de Porto Alegre (RS), atravessando Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Está dividido em Trecho Norte (que vai de Corumbá a Guararema, em São Paulo) e Trecho Sul (de Paulínia a Canoas, no Rio Grande do Sul).


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