Empresário de MS integra grupo de CACs investigados por atos antidemocráticos
Adoilto Fernandes Coronel também foi alvo da Operação Lesa Pátria, em maio
O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga um grupo de CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) suspeitos de terem financiado ou incentivado os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília (DF). Um deles é de Mato Grosso do Sul, segundo apurou o Jornal O Globo.
Ele é Adoilto Fernandes Coronel, um empresário do ramo de materiais para construção no município de Maracaju. Está no mesmo grupo de atiradores investigados pelo Supremo, Milton Baldin, que é de Mato Grosso e chegou a ser preso em dezembro do ano passado, por ter incitado outros CACs a atuar contra a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agentes da PF (Polícia Federal) estiveram na residência de Adoilto em maio e apreenderam armas de grosso calibre, além de munições, dois veículos e um malote.
A ação fez parte da Operação Lesa Pátria. O empresário foi identificado por investigadores como um dos responsáveis por fretamentos dos ônibus que foram apreendidos em Brasília, no dia dos ataques. Ele teve os bens bloqueados.
Adoilto foi ouvido pelo Campo Grande News em fevereiro e negou qualquer participação. Afirmou que provaria sua inocência.
Documentos - As informações sobre a investigação do STF ao empresário sul-mato-grossense e do grupo de CACs de outros Estados, como Pará e Rondônia, foram publicadas pelo O Globo nesta segunda-feira (16).
Troca de mensagens, depoimentos de testemunhas e relatórios policiais aos quais o veículo teve acesso mostram como integrantes da categoria planejaram atentados, participaram de bloqueios em rodovias armados, atiraram contra policiais e estiveram em meio a manifestantes presos em Brasília após os atos de 8 de janeiro.
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