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Cidades

Escolas estaduais ganham "Big Brother", com monitoramento 24 horas contra crimes

Governador inaugurou Centro de Operações de Segurança Integrado com monitoramento de 140 prédios

Gabriela Couto | 22/08/2022 10:30
Central de monitoramento mostra imagens de escolas da Rede Estadual de Ensino em tempo real. (Foto: Gabriela Couto)
Central de monitoramento mostra imagens de escolas da Rede Estadual de Ensino em tempo real. (Foto: Gabriela Couto)

Um verdadeiro Big Brother da REE (Rede Estadual de Ensino) foi inaugurado hoje (22), em Campo Grande. O COSI (Centro Operações de Segurança Integrado) irá monitorar 140 escolas estaduais das sete maiores cidades do Estado.

Em 30 dias o sistema estará operando com todas as câmeras instaladas e vigiadas durante 24 horas por dia, sete dias por semana. O serviço foi contratado por R$ 17.144.516,00.

A tecnologia israelense adaptada para o Brasil já funciona em outros quatro estados e começou a operar em Mato Grosso do Sul para garantir a segurança nas unidades. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou que o investimento faz parte da promessa do plano de governo.

“Em 2014 quando apresentei meu plano estava o projeto de mudar o Estado de analógico para o digital. Hoje somos o Estado do país que tem maiores serviços digitais oferecidos para a população em todas as áreas. E esse trabalho irá cobrir quase metade da rede estadual”, afirmou.

A principal mudança para os gestores da educação será a tranquilidade promovida pela segurança. “Com esse sistema vai diminuir a tensão de vocês. Vai ter uma outra infraestrutura que é um braço para a segurança. Tem um acompanhamento diuturnamente de tudo que acontece dentro e fora da escola. Irá ajudar a coibir ação de criminosos ao patrimônio e com os alunos.”

Governador Reinaldo Azambuja conhecendo as instalações do Centro de Operações de Segurança Integrado. (Foto: Gabriela Couto)
Governador Reinaldo Azambuja conhecendo as instalações do Centro de Operações de Segurança Integrado. (Foto: Gabriela Couto)

A meta é ampliar para todas as 340 escolas da REE. “A ideia é expandir a todas as demais escolas e também aos órgãos públicos. Vamos conseguir monitorar com mais presteza e eficiência, em um tempo mais rápido”. Hoje são 200 trabalhadores operando no sistema que irá substituir os agentes patrimoniais. Esses servidores serão remanejados para outros setores do Estado.

Para a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, a implantação do projeto é um sonho antigo. “Desde 2015 vimos esse sistema ousado em Santa Catarina e fomos atrás. Estudamos, pesquisamos e pensamos como faríamos e hoje estou emocionada por estar lançando esse sistema. Por mim escola só deveria cuidar da aprendizagem. E esse é o primeiro passo para despreocupar nossa cabeça com os vários problemas de segurança.”

Imagens de câmeras instaladas em uma das escolas monitoradas pelo sistema. (Foto: Gabriela Couto)
Imagens de câmeras instaladas em uma das escolas monitoradas pelo sistema. (Foto: Gabriela Couto)

 Como funciona – A central de monitoramento do Grupo IIN tem de plantão 24h equipes dando uma ‘espiada’ no que está acontecendo nas unidades que possuem câmeras. O local também possui call center para contato dos diretores e gestores. Além de câmeras, as escolas são vigiadas por sensores de movimento.

Quando é confirmada alguma intercorrência, equipes se deslocam para o local e acionam a polícia ou o serviço que for necessário. “As escolas passam por momentos de vulnerabilidade quando não tem alunos. Nos finais de semana e feriados, não tem ninguém dentro da escola e nesse momento a tecnologia assume a responsabilidade de monitorar com vários tipos de sensores que está implementado dentro da escola. Então qualquer tentativa de invasão será reportada de forma automática para a central. Estamos defendendo as escolas. É o mesmo sistema utilizado em agências bancárias”, explica o diretor Geral do Grupo IIN, Yoram Yaeli.

Antes de acionar a polícia as equipes confirmam se há uma invasão. “Só após a confirmação visual nós sabemos que tipo de resposta vamos dar. Nossa equipe chega em minutos. Essa experiência mostra que até o tempo de o ladrão estar levando o computador, por exemplo, nós já estaremos lá antes dele ir embora.”

Também fica garantido que se houver perdas no patrimônio da REE, o grupo de segurança será responsável por repor o material. “Recentemente aconteceu de furtarem um para raio de uma escola. Foi algo bem inusitado e a única coisa que perdemos. Mas nós fomos lá e recolamos no mesmo dia. É nossa responsabilidade repor tudo que vigiamos.”

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