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Cidades

Hospital reforça alerta para queimaduras após 125 internações na Santa Casa

Casos registrados em 2025 envolvem principalmente homens e acidentes com líquidos quentes e álcool

Por Gabi Cenciarelli | 03/06/2025 13:10
Hospital reforça alerta para queimaduras após 125 internações na Santa Casa
Criança em tratamento para queimaduras (Foto: Divulgação/ Santa Casa)

A campanha Junho Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Queimaduras, chama a atenção neste mês para a prevenção de acidentes com fogo, eletricidade, produtos químicos e líquidos quentes. Em Campo Grande, a Santa Casa registrou 125 internações por queimaduras entre janeiro e maio deste ano. No mesmo período de 2024, foram 191 casos. Apesar da queda, os especialistas reforçam a importância da conscientização.

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A Santa Casa de Campo Grande registrou 125 internações por queimaduras entre janeiro e maio de 2023, uma redução em comparação aos 191 casos do mesmo período em 2022. Segundo o coordenador do setor de queimados, Dr. Felipe Resende, a maioria dos acidentes ocorre por descuido, principalmente com líquidos superaquecidos. Os homens são as principais vítimas, especialmente na faixa etária de 31 a 60 anos. Em 2022, foram 353 atendimentos no pronto-socorro. O hospital alerta para cuidados básicos, como manter crianças longe de fontes de calor e ter atenção ao manusear líquidos quentes e combustíveis.

De acordo com o coordenador do setor de queimados da Santa Casa, Dr. Felipe Resende, a maioria dos casos de queimadura ocorrem por descuido. “Muitas vezes, as pessoas subestimam os riscos do fogo. Um dos exemplos preocupantes é a alta incidência de queimaduras causadas pelo acendimento de churrasqueiras para bife na chapa, uma prática cultural no Estado. O uso de álcool líquido, que se espalha rapidamente com o vento, torna-se imprevisível e perigoso”, afirma o médico.

De janeiro a dezembro de 2024, 353 pessoas deram entrada no pronto-socorro da Santa Casa com algum tipo de queimadura. A maior parte dos acidentes é causada por líquidos superaquecidos, como água ou óleo fervente. Esses casos diferem das queimaduras provocadas por combustíveis, como gasolina ou álcool.

“Queimaduras por líquidos superaquecidos são térmicas, resultado da transferência de calor. Já as causadas por combustíveis podem ser térmicas ou químicas, dependendo da forma de contato com a pele”, explica o especialista.

Segundo a unidade, os homens são maioria entre as vítimas, principalmente na faixa etária de 31 a 60 anos, seguida por pessoas de 21 a 30 anos. A terceira causa mais comum é a exposição direta à chama, geralmente de fogo ou gás.

Conforme o especialista, a gravidade das queimaduras varia de acordo com a profundidade e extensão, medida pelo percentual da superfície corporal atingida. Os ferimentos podem comprometer desde a pele até camadas mais profundas, como músculos, tendões e ossos.

Para prevenir acidentes, Resende recomenda cuidados simples, como manter crianças longe de fontes de calor, ter atenção no manuseio de líquidos quentes, álcool e querosene, além de usar proteção solar adequada.

“Todo cuidado é essencial. Em caso de queimadura, o ideal é resfriar o local com água corrente em temperatura ambiente e buscar assistência médica o mais rápido possível. Nunca aplique gelo, manteiga ou qualquer produto na área afetada, nem tente remover roupas grudadas na pele”, orienta Dr. Felipe Resende.

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