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Trabalhadores encerram paralisação e retomam obra do alojamento da Arauco

Movimento durou um dia e acabou após empreiteira se comprometer com acordo trabalhista

Por Cassia Modena | 05/06/2025 11:29
Trabalhadores encerram paralisação e retomam obra do alojamento da Arauco
Trabalhadores se reúnem com sindicato em Inocência (Foto: Perfil News/Divulgação)

Trabalhadores da Opus Construtech, que constrói alojamento para abrigar operários das obras da fábrica de celulose que a Arauco terá em Inocência, encerraram no fim desta manhã (5) uma paralisação iniciada ontem (4). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Arauco por volta das 11h.

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Trabalhadores da Opus Construtech encerraram paralisação nas obras do alojamento da Arauco em Inocência (MS). O movimento, iniciado devido ao descumprimento do acordo coletivo de trabalho, foi resolvido após negociações mediadas pelo SINTIESPAV-MS. Entre as reivindicações atendidas estavam o pagamento de 70% sobre horas extras e a redução do intervalo para folga de campo de 90 para 60 dias. O alojamento em construção abrigará parte dos 14 mil trabalhadores que atuarão na construção da fábrica de celulose.

"O movimento ocorrido na manhã de ontem, nas obras do Residencial Onça-Pintada, em Inocência (MS) — empreendimento externo ao Projeto Sucuriú — foi encerrado de forma pacífica. Após diálogo entre a empresa contratada Opus Construtech e os trabalhadores, as partes chegaram a um acordo. As atividades foram retomadas normalmente na manhã desta quinta-feira", explicou em nota.

O local fica às margens da rodovia MS-320 e irá acomodar parte das 14 mil pessoas que vão trabalhar para erguer o empreendimento da celulose no estágio principal da construção.

Eles reivindicavam que o acordo coletivo de trabalho com a Arauco fosse cumprido pela Opus. Entre as garantias que não estavam sendo dadas, estava a hora extra valer 70% a mais que a hora normal de trabalho, além do pagamento antecipado de auxílios para a folga de campo – quando o trabalhador tem o direito de voltar para casa e passar um tempo prolongado com a família. Os funcionários também estavam insatisfeitos com os intervalos até essa pausa: o acordo dá direito a ela a cada 60 dias trabalhados e não 90 dias, como a Opus estava conduzindo.

"A empresa estava seguindo a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e não o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Dessa forma, os funcionários não estavam recebendo hora extra correta, não cumprimento da baixada (folga remunerada com despesas pagas para visitar a família).", explicou José Abelha, presidente da Fetricom-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil de Mato Grosso do Sul), entidade que é a representante da categoria na construção civil e montagem na obra da fábrica da Arauco.

A diretoria da Fetricom-MS informou que entrou em contato com a empresa Opus para que seja seguida o Acordo Coletivo de Trabalho. Com isso, a situação deve se normalizar. Nos próximos anos, o núcleo vai abrigar milhares de trabalhadores no projeto Sucuriú., nome da futura unidade da Arauco.

A empreiteira - Em nota enviada à reportagem, a Opus Construtech informou que "o episódio foi pontual e está sendo tratado com responsabilidade e transparência, sempre com foco na segurança, na regularidade das operações e no bem-estar das equipes envolvidas".

Houve "diálogo direto com os colaboradores e construção conjunta de soluções que permitiram o reestabelecimento das operações", finalizou.

Matéria editada às 12h46 para acrescentar nota da Opus.

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